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Estado de Minas

Veterin�rios se revezam em Mariana para tratar de mais de 200 animais salvos da lama

"Cen�rio � de guerra", diz professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)


postado em 20/11/2015 06:00 / atualizado em 20/11/2015 10:38

Ver galeria . 7 Fotos Veterinários cuidam de animais resgatados na lama de rejeitos que vazou da barragem que se rompeu em Mariana, na Região Central de Minas GeraisJair Amaral/EM/D.A Press
Veterin�rios cuidam de animais resgatados na lama de rejeitos que vazou da barragem que se rompeu em Mariana, na Regi�o Central de Minas Gerais (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press )

A disposi��o de ajudar animais resgatados no distrito de Bento Rodrigues e outras localidades afetadas pelo rompimento da barragem do Fund�o, da mineradora Samarco, est� levando um pequeno “ex�rcito” de veterin�rios a Mariana. No galp�o alugado pela empresa, na estrada que liga a cidade ao distrito devastado pela lama, m�dicos e outros profissionais de v�rios cantos do pa�s se revezam para prestar atendimento cl�nico a animais retirados da lama, muitos deles depois de passar v�rios dias atolados. Batizado de Centro de Recolhimento de Animais, a estrutura funciona h� uma semana.


Nos corredores entre as baias onde est�o c�es, gatos, aves e outros animais, chama aten��o a variedade de sotaques. Al�m de mineiros de Belo Horizonte e tamb�m do interior, h� profissionais de S�o Paulo, Rio de Janeiro, Campinas (SP), Santa Maria (RS), Cabo Frio e Niter�i (RJ), entre outras cidades. “Tenho um hist�rico de atua��o profissional com animais em situa��es de cat�strofes. Quando elas ocorrem, j� me mobilizo para ir ao local atingido, com o objetivo de ajudar no recolhimento e na aten��o a esses animais”, conta a m�dica veterin�ria Luciana Guimar�es Santana, de 36 anos, moradora de S�o Paulo. Ela veio para Mariana com Daniela de Oliveira Souza Souto, de 34, colega de profiss�o. Ambas t�m cl�nicas na capital paulista e deixaram tudo organizado por l� para passar alguns dias fora do trabalho, prestando socorro aos bichos.Ontem, a dupla, que chegou na ter�a-feira, cuidava do cachorro batizado de Valente. �ltimo a ser retirado de Bento Rodrigues, o c�o vira-lata ficou 10 dias preso na lama. “Ele chegou debilitado. Foi medicado e est� com sonda para urinar e respira��o artificial. Mas est� se recuperando bem”, explicou Luciana.

 

Daniela explica a raz�o de tanta dedica��o. “Os animais s�o seres como quaisquer outros e precisam de alimenta��o, cuidado e carinho, especialmente numa situa��o de desastre como essa”, diz.No centro de recolhimento estavam sendo atendidos ontem 98 c�es, tr�s gatos, 120 galinhas, oito patos, oito cavalos, quatro porcos, dois gan�os e uma vaca que estava em trabalho de parto, parindo o bezerrinho no meio da tarde.Uma das coordenadoras do centro, a m�dica veterin�ria Carla Sassi veio de Conselheiro Lafaiete, na Regi�o Central de Minas, para o trabalho volunt�rio. “N�o tiro f�rias no trabalho. Saio de folga justamente quando preciso atuar em alguma trag�dia como essa de Mariana, prestando assist�ncia aos animais”, explica a profissional.Tamb�m � frente do trabalho com os bichos, a m�dica veterin�ria de Belo Horizonte B�rbara Fran�a Teixeira explica como � o acolhimento no local. “Eles chegam geralmente sujos, com fome e debilitados. S�o medicados, recebem banho e tosa, s�o identificados e tratados, quando necess�rio. Todos est�o sendo acompanhados”, disse. Segundo ela, h� tamb�m volunt�rios para passear com c�es durante o dia e equipes preparadas para interven��es cir�rgicas de diversas modalidades. At� ontem, mais de 30 haviam sido feitas. “Entendo que esse trabalho � essencial e de extrema import�ncia para esses animais neste momento.”A maior parte dos animais que atualmente est�o no centro de recolhimento j� foi identificada pelos donos, moradores dos distritos atingidos. “Mas eles n�o t�m como levar os bichos, porque tamb�m est�o sem casa”, conta outra coordenadora do centro de recolhimento, a m�dica veterin�ria Am�lia Margarida de Oliveira Leybonz, que veio de Nepomuceno, em Minas, com a fam�lia, para contribuir com o trabalho. “Eu e outros volunt�rios temos um projeto chamado Veterin�rios no Asfalto, que presta apoio a comunidades isoladas e tamb�m em situa��es de trag�dias. Aqui em Mariana o apoio tem sido surpreendente. Al�m do que, todos os profissionais que t�m chegado s�o muito competentes”, disse.

Cães e outros animais recebem atenção no centro de recuperação(foto: Jair Amaral/EM/D.A.Press)
C�es e outros animais recebem aten��o no centro de recupera��o (foto: Jair Amaral/EM/D.A.Press)


UFMG

O trabalho com os animais teve o apoio ontem de um grupo de 12 profissionais da Escola de Veterin�ria da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Representante do grupo, o professor J�lio C�sar Cambraia Veado explicou que os volunt�rios s�o alunos de resid�ncia nas diversas �reas da veterin�ria, que est�o ajudando com m�o de obra. “Soubemos antes que n�o havia necessidade de trazer insumos e viemos prestar apoio na realiza��o de procedimentos. Esse primeiro contato serve para avaliar a situa��o, que est� est�vel, mas lembra um cen�rio de guerra. Na pr�xima semana, vamos retornar para continuar o trabalho”, afirmou o professor.


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