O peso maior sofrido pelas acionistas da Samarco – Vale e BHP Billiton – n�o vem diretamente das multas aplicadas pelos �rg�os ambientais, e sim da desvaloriza��o das companhias. Sob o impacto do desastre em Mariana, as a��es das duas gigantes da minera��o se mant�m em queda acelerada nas bolsas de valores mundo afora desde o �ltimo dia 5, data do rompimento da barragem do Fund�o. Duas semanas depois da trag�dia, as a��es ordin�rias da Vale recuaram 16,15% na Bolsa de Valores de S�o Paulo (Bovespa). Em Sidney, na Austr�lia, os pap�is ordin�rios da BHP Billiton ca�ram 13% no mesmo per�odo. Em Nova York, as perdas para as empresas foram de 14,4% para cada.
Logo depois da cat�strofe em Mariana, os pap�is das companhias sofreram quedas abruptas diante do cen�rio de incertezas quanto ao efetivo impacto da trag�dia, segundo Pedro Galdi, analista de investimento da WhatsCall Consultoria. “As perdas s�o reflexo do fato de n�o se saber quanto a empresa vai sofrer com o acidente”, afirma Galdi. Oscilando entre R$ 16,14 e R$ 18,60 no per�odo anterior � trag�dia, as a��es ca�ram de R$ 17,40 para R$ 14,59 depois do rompimento da barragem.
Antes do desastre, as a��es da Vale na Bovespa mantinham-se praticamente est�veis. Entre 20 de outubro e 4 de novembro, dia anterior ao desastre, os pap�is ordin�rios ca�ram de R$ 17,61 para R$ 17,40 (-1,2%). Cen�rio semelhante foi tra�ado pelas a��es da BHP Billiton no mercado acion�rio australiano: as a��es da gigante mineral recuaram de 23,99 para 23,47 d�lares australianos no mesmo per�odo na Bolsa de Valores Austr�lia. Depois do rompimento da barragem, as a��es ca�ram de 23,47 para 20,42 d�lares australianos no comparativo ente a v�spera da trag�dia e quinta-feira (-13%). Enquanto em Nova Iorque, a queda foi de 14,45% (veja quadro).