O promotor de Justi�a do Meio Ambiente de Colatina, Marcelo Ferraz Volpato, que integra a for�a-tarefa criada pelo Minist�rio P�blico do Esp�rito Santo para lidar com o desastre ambiental, fez duras cr�ticas � trag�dia provocada pela ruptura da barragem da Samarco e destacou o impacto sobre as �reas de preserva��o. Segundo ele, al�m de ter matado o Rio Doce, a lama j� interditou praias e ainda amea�a pelo menos tr�s reservas ambientais capixabas: Reserva Marinha de Comboios, em Linhares; Reserva Marinha de Santa Cruz, em Santa Cruz; e a Reserva de Piraquea�u, em Aracruz. Na regi�o do foz do Doce, foram atingidas pelo menos 60 esp�cies nativas de peixes – a maior parte j� em extin��o.
A mineradora Samarco se defendeu das cr�ticas sobre a mitiga��o dos danos e informou, em nota, que est� usando nove quil�metros de barreiras de conten��o para proteger as �reas mais sens�veis do estu�rio. “Segundo an�lises realizadas nesta manh�, a efici�ncia das barreiras instaladas nas �reas protegidas chegou a ser de at� 80%, se compararmos a turbidez da �gua de dentro do estu�rio ao canal principal do rio”, informou. Ainda segundo o texto, a Samarco contratou uma empresa internacional especialista em desastres, que se dedicar� � elabora��o dos planos, gest�o e supervis�o das a��es que ser�o implantadas em todas as �reas atingidas ao longo do Rio Doce.
As consequ�ncias que n�o puderem ser mitigadas com essas a��es, argumentou, estar�o cobertas pelo Termo de Compromisso Socioambiental (TCSA) assinado com o Minist�rio P�blico do Esp�rito Santo, Minist�rio P�blico Federal e Minist�rio P�blico do Trabalho. O acordo prev� medidas que visam a garantir o abastecimento de �gua em �reas atingidas, a apresenta��o do Plano Emergencial de Conten��o, Preven��o e Mitiga��o dos Impactos Ambientais e Sociais, al�m da disponibiliza��o de canais de comunica��o com as comunidades de Baixo Guandu, Colatina, Linhares e Maril�ndia. A empresa esclarece tamb�m que at� o presente momento n�o foi notificada oficialmente sobre a aplica��o de multas.