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Estado de Minas

Escola de J�ssica e Lara "pede" reforma

Pr�dio que abriga as estudantes que ganharam fama ap�s briga viralizada na internet est� deteriorado


26/11/2015 06:00 - atualizado 26/11/2015 13:15

Prédio da Escola Estadual Reverendo Cícero Siqueira, onde Lara e Jéssica estudam, está deteriorado
Pr�dio da Escola Estadual Reverendo C�cero Siqueira, onde Lara e J�ssica estudam, est� deteriorado (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Alto Jequitib� — A cidade incrustada entre as curvas da Serra do Capara�, na Zona da Mata mineira, atualmente famosa por ter sido palco de uma rixa entre adolescentes que viralizou nas redes sociais, j� teve um outro tipo de notoriedade.

Nos pr�dios em que hoje funciona a Escola Estadual Reverendo C�cero Siqueira, na qual estudam Lara T., 13 anos, e J�ssica A., 14, flagradas trocando sopapos motivadas por ci�me, funcionou, at� 1967, o Col�gio Evang�lico.

Fundada em 1908, antes mesmo do munic�pio de 61 anos e 8318 habitantes que a abriga, a institui��o de ensino era um internato bem conhecido na regi�o. E, muito antes da internet, foi ber�o de algumas personalidades pol�ticas como, por exemplo, Ibrahim Abi-Ackel, ex-ministro da Justi�a entre 1980 e 1985.

Profundamente deteriorado, o edif�cio em que se educam alunos entre o 7º ano do Ensino Fundamental e o 3º ano do Ensino M�dio � o retrato de quem levou uma boa surra do tempo e do descaso e mal se aguenta de p�.

A comunidade escolar relata que a estrutura danificada da institui��o oferece, inclusive, riscos � sa�de dos 900 alunos ali acolhidos. "Pombos se aninham debaixo do forro do teto dos dois pr�dios e os dejetos deles est�o corroendo a madeira. O contato com isso faz mal � sa�de dos estudantes", conta um morador da cidade, que frequentou o educand�rio na inf�ncia, tem filhos que estudam nele, mas n�o quis se identificar.

Os discentes tamb�m reclamam bastante. "Quando chove, cai �gua em cima da nossa cabe�a. O teto � cheio de goteiras", afirma um jovem. Outro descreve a situa��o dos banheiros.  "Est� tudo caindo aos peda�os. A descarga n�o funciona direito, torneira, nada. At� as portas s�o velhas".

A reportagem do Estado de Minas pediu autoriza��o para entrar na escola — numa tentativa de verificar n�o s� suas instala��es, como tamb�m a rotina escolar ap�s a repercuss�o do meme "J� acabou, J�ssica?". A diretora Elizabeth Sathler, contudo, informou que a Secretaria de Estado de Educa��o deu ordens para que o acesso � imprensa fosse negado para evitar a exposi��o das crian�as e adolescentes na m�dia. O Estado deu outra vers�o: caberia � dire��o da escola abrir ou n�o as portas para o EM.

Do lado de fora, todavia, as c�meras da reportagem puderam captar uma boa amostra da decad�ncia f�sica da institui��o. Com o beiral estourado, o telhado precisa de reparos. Na parte de tr�s da escola, v�rios peda�os da parede est�o sem reboco e j� mostram os tijolos. Observam-se vidros de janelas quebrados.

Impasse

A Reverendo C�cero Siqueira funciona em dois pr�dios. Um deles, onde funcionam a biblioteca, cozinha, secretaria e outros espa�os, foi doado ao Estado pela Primeira Igreja Presbiteriana de Alto Jequitib� no fim da d�cada de 1960. J� o outro, em que est�o as salas de aula, ainda pertence aos religiosos, que o alugam para o poder p�blico.

De acordo com o pastor Paulo Martins, presidente do Conselho da Igreja, pela lei do inquilinato, a obriga��o de reformar os edif�cios � do Governo. A organiza��o evang�lica, entretanto, recentemente teria ajudado com algumas melhorias. "Trocamos o forro do pr�dio que nos pertence. A escola tamb�m fez algumas reformas, trocando parte do beiral", revela.

m nota, a Secretaria de Estado de Educa��o informou que aluga um dos im�veis em que funciona a C�cero Siqueira ao custo de R$ 3.736,25 mensais. “A estrutura deve ser adquirida pelo Governo: a secretaria j� autorizou a compra, faltando agora a Secretaria de Estado de Planejamento e Gest�o (Seplag) tomar as devidas provid�ncias para finalizar o processo. O valor para aquisi��o est� fixado em R$ 999.399,85. Findo este processo, o col�gio dever� passar por reformas”. 


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