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Estado de Minas

Pescadores criam projeto de financiamento coletivo para repovoar Bacia do Rio Doce

Plataforma tem mais quarenta dias de arrecada��o. Programa prev� coleta de peixes em afluentes, reprodu��o em cativeiro e realoca��o planejada


postado em 02/12/2015 21:45 / atualizado em 02/12/2015 22:11

Encontro do Rio Carmo com o Rio Piranga, um dos afluentes que serão utilizados, onde forma o Rio Doce(foto: Alexandre Estanislau/Divulgação)
Encontro do Rio Carmo com o Rio Piranga, um dos afluentes que ser�o utilizados, onde forma o Rio Doce (foto: Alexandre Estanislau/Divulga��o)
H� poucos dias de completar um m�s do pior desastre ambiental da hist�ria recente do pa�s, diversos grupos se uniram numa rede de solidariedade que promete auxiliar na reestrutura��o tanto dos atingidos pelo rompimento da barragem em Mariana, quanto na recupera��o do meio ambiente impactado pela onda de lama e rejeitos de min�rio que desceu pelo leito do Rio Doce. Pescadores esportivos, profissionais e amadores de Minas Gerais e do Esp�rito Santo, juntamente com bi�logos e outros profissionais de engenharia criaram um projeto de financiamento coletivo com o objetivo de arrecadar recursos para repovoar a Bacia do Rio Doce com esp�cies de peixes que foram comprometidas pela trag�dia.

De acordo com o empres�rio e pescador esportivo Alexandre Estanislau, um dos criadores do grupo, o 'Projeto Viva Rio Doce' pretende resgatar esp�cies t�picas de afluentes que n�o foram atingidos pelo desastre, fazer reprodu��o dos peixes em cativeiro para, depois, realoc�-los em locais planejados. "A inten��o � que essas popula��es gradualmente encontrem condi��es de vida no pr�prio Rio Doce, e assim se desloquem desses afluentes 'ber��rio' para o grande rio na medida em que suas �guas forem se recuperando", explica.

Segundo Estanislau, a principal e mais dif�cil etapa do projeto � reproduzir as condi��es para promover a reprodu��o das esp�cies em laborat�rio, ou cativeiro. "Vamos trabalhar com os �rg�os respons�veis, como o Ibama, e teremos o apoio de entidades, empresas e profissionais, que n�o cobrar�o pelos servi�os prestados", conta. "O programa far� uma parceria com a Fazenda Paran�, que faz este trabalho para a Bacia do S�o Francisco e contar� com uma consultoria e tr�s bi�logos especialistas em ictiofauna que j� trabalharam na bacia do Doce" completa.

O bi�logo Pedro Guimar�es, um dos profissionais envolvidos, diz que o tempo estimado de reprodu��o pode variar de 4 a 6 meses. "O processo envolve a captura de matrizes no rio. Essas matrizes s�o levadas pra esta��es de psicultura e na �poca reprodutiva, entre novembro e janeiro, elas s�o monitoradas quanto � matura��o das g�nadas pra realizar a fertiliza��o artificial", detalha.

A plataforma ainda permanecer� aberta nos pr�ximos 40 dias para a arrecada��o. Quem quiser contribuir com o projeto pode acessar a p�gina de crowdfunding nesse link. Ainda segundo Estanislau, todo o recurso recebido ser� bem aproveitado. "Com a economia do jeito que est� � dif�cil. Muitas pessoas tamb�m n�o tem condi��es de doar. Mas vamos fazer o m�ximo com o que a gente conseguir. A trag�dia amplificou um senso de preserva��o que est� muito forte agora", argumenta.


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