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Estado de Minas

Munic�pios �s margens do Rio Doce ainda sofrem com a escassez e qualidade da �gua

Relat�rio do Igam revela que qualidade da �gua piorou nos �ltimos dias por causa da chuva, que despejou mais lama sobre o rio e revolveu a que estava depositada no fundo. Quase um m�s ap�s o tsunami de rejeitos da barragem da Samarco destruir a Bacia do Rio Doce, moradores de cidades atingidas ainda sofrem com desabastecimento


postado em 03/12/2015 06:00 / atualizado em 03/12/2015 07:52

A lama tóxica arrastada desde a Barragem do Fundão afetou mais de 20 cidades em Minas, inviabilizando o fornecimento de água e provocando problemas de saúde(foto: Túlio Santos/EM/DA Press 16/11/15)
A lama t�xica arrastada desde a Barragem do Fund�o afetou mais de 20 cidades em Minas, inviabilizando o fornecimento de �gua e provocando problemas de sa�de (foto: T�lio Santos/EM/DA Press 16/11/15)

Mesmo depois de a enxurrada de lama da Barragem do Fund�o, da mineradora Samarco, j� ter chegado ao mar, no Esp�rito Santo, a popula��o de munic�pios atingidos pelos rejeitos ao longo da Bacia do Rio Doce, em Minas, continua sofrendo restri��es no abastecimento de �gua. O problema ocorre porque h� impedimento da capta��o normal no curso d’�gua, que ainda apresenta n�veis de metais fora do padr�o de normalidade para consumo humano, ainda que com tratamento. De acordo com relat�rio de ontem do Instituto Mineiro de Gest�o das �guas (Igam), a situa��o piorou nos �ltimos dias, j� que a chuva arrastou parte da lama estacionada �s margens do rio e precipitou materiais depositados no leito. Nos munic�pios atingidos, persistem problemas de sa�de como casos de diarreia e v�mito, devido ao consumo de �gua de m� qualidade.


Um dos mais prejudicados � Galileia, no Leste, com 7,2 mil habitantes. Em Governador Valadares, maior cidade afetada em Minas pelos rejeitos, a popula��o segue enfrentando longas fila para receber �gua mineral distribu�da pela Samarco e que � usada para o consumo humano. Por causa da dificuldade no abastecimento, dezenas de moradores de Valadares bloquearam a BR–116. A manifesta��o teve in�cio �s 22h de ter�a-feira e durou 50 minutos. O grupo reivindicou a distribui��o do produto pot�vel, apesar de empresa respons�vel pelo abastecimento ter retomado o tratamento da �gua com o coagulante Tanfloc.

Al�m de indicar as altera��es nos �ndices de metais e outros elementos, a conclus�o do Igam � a mesma em seus dois relat�rios: “N�o � poss�vel prever quando as condi��es do Rio Doce retornar�o � normalidade, devido �s propor��es do impacto causado pelo evento (passagem da lama) e a possibilidade de novos revolvimentos ocasionados por fatores externos”, diz o documento. O Igam informou que vai manter o monitoramento.


O relat�rio aponta problemas nos n�veis de chumbo, mangan�s, ferro e alum�nio. O mais grave, segundo o levantamento, � com rela��o ao primeiro elemento, que esteve fora de conformidade em todos os pontos do Rio Doce. “O chumbo � um problema grav�ssimo, porque � cumulativo no organismo e pode causar doen�as, a exemplo do saturnismo, enfermidade com s�rias complica��es”, explica o mestre em saneamento e meio ambiente e professor da PUC Minas Jos� Magno Senra Fernandes. Com rela��o aos tr�s demais �ndices, foi observado, no dia 20, que os valores estavam acima do limite de classe 2. Este par�metro serve para indicar �guas que podem ser destinadas, entre outras finalidades, ao abastecimento e consumo humano, ap�s tratamento convencional.


Segundo o professor, h� pesquisas em andamento que relacionam a presen�a de alum�nio com o desenvolvimento do Alzheimer, doen�a degenerativa que pode levar � morte. A �ltima an�lise do Igam mostrou oscila��o nos par�metros de turbidez, mudan�a associada � ocorr�ncia de chuvas na regi�o. Segundo o documento, os valores dos metais podem cair paulatinamente, com o passar dos dias.

DIARREIA Enquanto isso, a �gua transportada em caminh�es-pipa e que chega �s casas ainda n�o � considerada de boa qualidade. Por isso, moradores enfrentam longas filas para receber �gua mineral distribu�da pela Samarco e que � usada para o consumo humano. A mineradora atende a uma decis�o judicial, que a obriga a garantir o fornecimento de �gua pot�vel � popula��o nas cidades de Resplendor, Governador Valadares, Itueta, Belo Oriente, Aimor�s, Tumiritinga, Periquito e Alpercata, al�m de Galileia.

De acordo com a secret�ria municipal de Sa�de de Galileia, Meirem�rcia Gon�alves Santos, 15 caminh�es-pipa cedidos pela Samarco buscam �gua no munic�pio vizinho de Conselho Pena (60 quil�metros dist�ncia). A �gua chega �s torneiras em sistema de rod�zio, em alguns casos, de at� tr�s dias. � o caso da professora Neidiane Magalh�es. “O jeito � economizar”, diz Neidiane. Mas, segundo ela, houve moradores que foram obrigados a comprar �gua, pagando R$ 50 por mil litros.

Tamb�m no Leste do estado, Periquito sofre com o problema do abastecimento. De acordo com a prefeitura, foram registrados pelo menos 15 casos de v�mito, diarreia e alergia nos �ltimos dias.

Por meio de nota, a Samarco informou que todas as cidades da Bacia do Rio Doce j� tiveram o fornecimento de �gua pot�vel normalizado, seja por meio de manuten��o em esta��es de tratamento de �gua desativadas mesmo antes do acidente, ou por contrata��o de caminh�es-pipa e outras a��es.


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