Respons�vel pelo rompimento da Barragem do Fund�o, em 5 de novembro, a mineradora Samarco enfrentou anteriormente pelo menos quatro ocorr�ncias de vazamentos de rejeitos de min�rio ao longo do leito do Rio Doce, mas de menor gravidade, segundo S�rgio de Moura, diretor do sindicato Metabase de Mariana, funcion�rio da empresa h� 30 anos.
Tida por especialistas como exemplo na gest�o ambiental, a Samarco tem um hist�rico de infra��es por descumprimento de normas de seguran�a em Mariana que somaram, s� nos �ltimos 19 anos, 23 autos da fiscaliza��o estadual, conforme mostrou reportagem do Estado de Minas.
Em 2005 e em 2007, duas infra��es foram referentes a irregularidades em barragens de conten��o de rejeitos no Complexo Alegria, da Mina Germano.
Outro problema foi em 2006, com o vazamento de polpa de min�rio na regi�o de Barra Longa, munic�pio da Zona da Mata, que mais tarde seria seriamente atingido pela onda de lama da Barragem do Fund�o. “Chegou a ocorrer a contamina��o de um c�rrego e a Samarco teve de construir uma barragem de conten��o para n�o atingir o Ribeir�o do Carmo”, observa Moura.
MULTAS Em 2010, o vazamento de 433 m3 de polpa de min�rio causou a morte de peixes no Rio S�o Jo�o e a interrup��o tempor�ria na capta��o de �gua no munic�pio de Espera Feliz. S� pelo rompimento da Barragem do Fund�o, que matou pelo menos 11 pessoas, deixou oito desaparecidos e mais de 600 desabrigados, foram cinco autos lavrados. As multas aplicadas chegaram a R$ 112 milh�es. Al�m delas, o Ibama estabeleceu cobran�a de R$ 250 milh�es, e acordo da Samarco com o Minist�rio P�blico Estadual reservava R$ 1 bilh�o para reparar os danos socioambientais. J� o governo federal anunciou que ajuizaria a��o de R$ 20 bilh�es contra a Samarco, a Vale e a BHP Billinton, suas empresas controladoras.