
Em Paracatu de Baixo, onde o Rio Gualaxo � puro barro e n�o h� sinal de vegeta��o, moradores de �reas rurais tamb�m sofrem os efeitos da devasta��o ambiental. Enquanto a �nica fonte de �gua para os animais, que era o Rio Gualaxo, permanece um leito de lama, sem condi��es de ser usada, fazendeiros precisaram vender todo o gado. “O pessoal est� doido atr�s de pastagem para a cria��o. Eles s� t�m essa �gua, e at� ela limpar vai demorar muito”, disse o agente distrital Thiago Cerceu, de 35 anos. O lavrador Livaldo Marcelino, de 39, tamb�m lamenta. “Parece que a lama n�o acaba nunca. Qualquer chuvinha que cai desce mais barro e o rio vira um mingau. Acabou a minha esperan�a de pescar um dia aqui de novo”, lamentou.
Pequenas nascentes pr�ximas ao rio j� ficam com as �guas contaminadas assim que chegam �s �reas onde rejeitos de mineiro ficaram depositados. Muitos lavradores da regi�o lamentam a situa��o da Cachoeira Doracema, que era ponto tur�stico na regi�o.
Diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Monitoramento das �guas do Igam, M�rley Caetano de Mendon�a afirma que ainda n�o h� resultados das medi��es feitas no Rio do Carmo na semana passada e que ainda n�o foram feitas an�lises no Rio Gualaxo, que virou somente lama. No entanto, segundo ele, monitoramento di�rio feito ao longo de 12 esta��es no Rio Doce mostra que os �ndices de turbidez, metais pesados e outros elementos t�m apresentado melhoria desde a passagem da onda de rejeitos. Mas acrescenta que muitos sedimentos t�m se revolvido por causa da chuva e que n�o h� como prever quando o curso d’�gua retomar� sua normalidade.