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Estado de Minas

Pesquisadores apontam concentra��o elevada de metais pesados ao longo do Rio Doce

Grupo independente que faz an�lises em amostras de �gua e sedimentos coletados na bacia hidrogr�fica alerta para n�veis acima do indicado por lei


postado em 15/12/2015 19:24 / atualizado em 15/12/2015 23:11

Pesquisadores fizeram coletas em 10 pontos do Rio Doce(foto: GIAIA/Facebook/Reprodução)
Pesquisadores fizeram coletas em 10 pontos do Rio Doce (foto: GIAIA/Facebook/Reprodu��o)
Pesquisadores da Universidade de Bras�lia (UnB) divulgaram os primeiros resultados das an�lises de amostras de �gua e sedimentos coletados em 10 pontos ao longo da bacia do Rio Doce e afluentes em que foram encontrados metais pesados. Em alguns locais, os n�veis de contamina��o est�o acima dos limites recomendados pela Resolu��o 357 do do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), inclusive em �gua coletada para abastecimento humano. Os profissionais, juntamente com cientistas da Universidade Federal de S�o Carlos (UFscar), em S�o Paulo, formam um grupo independente de pesquisa que est� avaliando os impactos causados pelo rompimento da Barragem de Fund�o, em Mariana, na Regi�o Central de Minas, no dia 5 de novembro.

Al�m das �reas atingidas pelo desastre, o cont�gio tamb�m foi detectado em n�veis acima do indicado pela legisla��o nacional em pontos que n�o foram afetados, como os que est�o acima do ponto atingido pelo vazamento, e na �gua captada e tratada em Governador Valadares. O valor encontrado em cada litro, de 0,04mg, � quatro vezes maior que o toler�vel. O valor m�ximo permitido � de 0,01mg/L, de acordo com os crit�rios de potabilidade estabelecidos na Portaria 2.914, do Minist�rio da Sa�de.

Segundo o professor Andr� Cordeiro, da UFScar, os n�veis encontrados na �gua est�o acima do padr�o. "Teoricamente, se continuar neste n�vel, (a �gua) n�o pode ser servida. N�s fizemos uma an�lise s�, pontual. � preciso ver se esse n�vel vai persistir. O ideal � amostragem di�ria para confirmar se � permanente", pontua.

Integrante do grupo e um dos respons�veis pela coleta de �gua, Cordeiro informou que amostras foram feitas dentro do sistema de capta��o de �gua de Valadares. "Uma subst�ncia, para ser considerada t�xica, depende da concentra��o e do tempo de exposi��o. Ars�nio � cancer�geno, se voc� tiver contato constante com ele. O problema � o consumo a longo prazo", alerta.

Ainda no caso do ars�nio, a pesquisa aponta que foram encontrados n�veis acima do admitido mesmo em pontos n�o afetados pelo rompimento da barragem, embora a concentra��o mais significativamente aumentada tenha sido indicada entre Bento Rodrigues e a cidade de Barra Longa. "Nos pontos subsequentes, a concentra��o de ars�nio n�o foi detectada pelo m�todo de instrumenta��o anal�tica utilizado nessas an�lises. Em Governador Valadares, a concentra��o de ars�nio voltou a estar elevada, estando quatro vezes acima do permitido."

O estudo concluiu tamb�m que os n�veis de mangan�s estavam elevados em pontos n�o impactados pelo desastre e que, em locais atingidos pela onda de lama, a concentra��o est� ainda mais acima do aceit�vel. Quanto ao chumbo, os resultados demonstraram anormalidade em pontos Rio Gualaxo do Norte, em Paracatu de Baixo e na cidade de Rio Doce.

Segundo o Grupo Independente de An�lise de Impacto Ambiental (GIAIA), que realizou a pesquisa, nesse primeiro momento foram analisadas as concentra��es de 10 metais: alum�nio dissolvido, ferro dissolvido, ars�nio, mangan�s, sel�nio, c�dmio, chumbo, l�tio, n�quel e zinco. As quantifica��es de antim�nio, b�rio, c�lcio, c�sio, cromo, cobalto, cobre, magn�sio, merc�rio, rub�dio, prata, estr�ncio, ur�nio e van�dio ser�o disponibilizadas brevemente.


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