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Estado de Minas

Relat�rio da Embrapa aponta que avalanche de lama da Samarco deixou solo inerte

Levantamento das condi��es do solo aponta que regi�o atingida pelos rejeitos da minera��o n�o � mais prop�cia � atividade agropecu�ria


postado em 17/12/2015 11:49 / atualizado em 17/12/2015 11:55

Ver galeria . 16 Fotos Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios
(foto: Leonardo Mer�on/Instituto �ltimos Ref�gios )

Estudo realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu�ria (Embrapa) mostra que o solo das �reas atingidas pela lama da barragem da mineradora Samarco, em Mariana, na Regi�o Central de Minas Gerais, n�o apresenta condi��es para o desenvolvimento de atividades agropecu�rias. O trabalho foi realizado a pedido do governo de Minas, em uma parceria com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento, Emater-MG e Epamig. A pesquisa tamb�m mostra que n�o foi detectada a presen�a de metais pesados em n�veis t�xicos nas amostras coletadas.

“O que o relat�rio da Embrapa aponta � defici�ncia de fertilidade do solo, ap�s a avalanche de lama e rejeitos de minera��o. Existem tamb�m problemas de ordem f�sica. Surgiu uma nova camada na parte superior do solo que � praticamente inerte”, explica o presidente da Emater-MG, Amarildo Kalil. A �rea atingida pelos rejeitos � de 1.430 hectares e abrange os munic�pios de Mariana, Barra Longa e Rio Doce. Nos outros locais, os preju�zos ficaram mais concentrados na calha do Rio Doce e na vegeta��o ciliar.

O trabalho para o levantamento das condi��es do solo da regi�o come�ou em 18 de novembro com a participa��o de t�cnicos da Embrapa Solos e Embrapa Milho e Sorgo. Foram feitas coletas em 10 pontos de amostragem da �rea atingida pela lama. As an�lises foram feitas nos laborat�rios da Embrapa Solos, no Rio de Janeiro. “Apesar de n�o ser t�xico, o material que est� se sedimentando n�o apresenta condi��es para a germina��o de sementes, nem para o desenvolvimento radiculares das plantas. Al�m da baixa fertilidade e dificuldade de infiltra��o de �gua, o n�vel de mat�ria org�nica necess�rio para a vida microbiana do solo tamb�m foi bastante prejudicado”, explica Amarildo Kalil.

O estudo aponta redu��o no solo dos n�veis de pot�ssio, magn�sio e c�lcio que s�o necess�rios para o desenvolvimento de atividades agr�colas. O pH, que mede a acidez do solo, tamb�m foi alterado. A tend�ncia � que o solo fique bastante compactado por causa dos altos teores de silte e areia fina, com baixa presen�a de argila.

Outra an�lise que a Embrapa Solos est� fazendo � do aspecto f�sico do solo. “A segunda etapa da an�lise, que ainda est� em andamento, � para saber em que este material que cobriu o solo original ir� se transformar. Qual ser� o grau de compacta��o. Deveremos concluir este estudo no in�cio de fevereiro do pr�ximo ano”, explica o chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Solos, Jos� Carlos Polidoro. “Infelizmente, o resultado dos estudos confirmou o estrago para a atividade agropecu�ria na regi�o. Nosso desafio agora, envolvendo todas as esferas do setor p�blico, � reduzir os problemas dos produtores e buscar alternativas econ�micas para eles.

O estudo aponta redu��o no solo dos n�veis de pot�ssio, magn�sio e c�lcio que s�o necess�rios para o desenvolvimento de atividades agr�colas. O pH, que mede a acidez do solo, tamb�m foi alterado. A tend�ncia � que o solo fique bastante compactado por causa dos altos teores de silte e areia fina, com baixa presen�a de argila.

O presidente da Emater-MG, Amarildo Kalil, prop�e uma intensa atividade de reflorestamento, com diversas esp�cies nativas, na �rea atingida pelos rejeitos da minera��o. “� um trabalho que s� apresentar� resultados daqui a alguns anos, mas precisa ser feito para tentar recuperar o solo”, explica. Segundo ele, a a��o consiste na abertura de covas maiores onde seriam acondicionados todos os nutrientes e mat�ria org�nica para viabilizar o desenvolvimento das plantas.

Segundo o pesquisador da Embrapa Solos, Jos� Carlos Polidoro, a a��o imediata que precisa ser colocada em pr�tica na regi�o atingida pela lama � a conten��o da eros�o, que ainda pode levar sedimentos da �rea afetada para os cursos d'�gua, principalmente neste per�odo de chuvas. “Este material ainda � muito inst�vel e precisa ser contido”, afirma.

A Emater-MG tamb�m elaborou um plano de a��o junto com a Epamig e prefeituras para fazer visitas aos produtores atingidos pelo rompimento da barragem. Est�o sendo aplicados question�rios para, principalmente, quantificar as perdas sofridas pelos agricultores.


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