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Estado de Minas

Uber cobra at� cinco vezes mais caro no r�veillon e revolta usu�rios

Passageiros em BH e em outras capitais relatam corridas com pre�os exorbitantes na virada do ano


postado em 05/01/2016 06:00 / atualizado em 05/01/2016 07:39

Passageiros desembarcam de carro Uber na capital: no ano-novo, usuários relatam que pagaram R$ 325 para rodar 20 quilômetros(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A PRESS )
Passageiros desembarcam de carro Uber na capital: no ano-novo, usu�rios relatam que pagaram R$ 325 para rodar 20 quil�metros (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A PRESS )
 

Para grande parte dos usu�rios do Uber o encanto com o aplicativo ficou no ano passado, mais precisamente na noite do r�veillon, quando o descompasso entre demanda dos usu�rios e oferta de carros multiplicou a tarifa em at� cinco vezes em Belo Horizonte, levando a uma enxurrada de reclama��es. “Queria ir da minha casa, no Bairro Padre Eust�quio, at� o Bairro Planalto, mas, quando pedi, eles avisaram que a tarifa era din�mica e o valor seria multiplicado por cinco vezes”, detalha a estudante de turismo Isabela Peixoto, de 22 anos.

Quando percebeu o aumento, Isabela desistiu e optou pelo t�xi, pois calculou que a corrida custaria mais de R$ 150. “Paguei R$ 50 na bandeira dois do t�xi. Se o Uber estivesse na tarifa normal, ficaria em R$ 30”, compara a estudante, que chegou a reclamar na p�gina da empresa no Fecebook e recebeu a seguinte resposta da Uber: “Esta � a forma que encontramos para garantir que voc� tenha um carro dispon�vel naquele momento se assim precisar. Ficamos felizes em saber que voc� conseguiu encontrar uma alternativa”.

A Uber explica que o pre�o din�mico � uma maneira de “incentivar que mais motoristas se conectem ao aplicativo”. Com isso, entende a empresa, a disponibilidade de carros � maior. A empresa destaca ainda que os motoristas “voluntariamente” se tornaram parceiros do Uber e escolhem quando estar�o dispon�veis. “O mecanismo do pre�o din�mico ajuda a equilibrar a oferta e a demanda, pois incentiva os motoristas a estarem dispon�veis, por exemplo, ap�s o fechamento de bares no s�bado a noite ou durante uma tarde chuvosa. Assim, nossos usu�rios podem confiar que n�o ficar�o na m�o”, entende a Uber. Outra explica��o � que os usu�rios s�o avisados por um pop-up (janela que se abre no aplicativo) pedindo que confirme o conhecimento sobre a valora��o do pre�o.

Por�m, nem todos conseguiram compreender a l�gica do da empresa e aceitaram – alegando desconhecimento – pagar mais caro pelo servi�o. Os lamentos vieram de v�rias capitais do pa�s. Uma arquiteta em Bras�lia imaginou que pagaria R$ 37 em uma corrida do Setor de Clubes Sul at� �guas Claras, mas pagou R$ 556.

Na p�gina da Uber no Facebook, os consumidores listaram uma s�rie de reclama��es. Um relata que aceitou a viagem com a tarifa din�mica de 1,2 vezes, mas recebeu a cobran�a equivalente a 3,3 vezes. “Uma viagem que era pra ter dado R$ 82, me cobraram R$ 268. Uso Uber muito e pisaram na bola assim comigo”, escreveu. Outro foi ir�nico e agradeceu a empresa por o que ele considerou a viagem mais cara da vida dele: R$ 325 para percorrer 20 quil�metros.

Procon

O coordenador do Procon da Assembleia Legislativa, Marcelo Barbosa, entende que os �rg�os de defesa do consumidor n�o podem fazer nada: “O Uber n�o � regularizado e, por isso, n�o � uma rela��o de consumo. Est� na informalidade”. Para Barbosa, reclamar do Uber � o mesmo que chegar ao Procon se queixando de um produto sem nota fiscal. De acordo com o C�digo de Defesa do Consumidor (CDC), � considerado pr�tica abusiva o aumento de pre�os de servi�os sem justa causa. Por�m, Barbosa ressalta que como o Uber n�o � regularizado n�o pode ser considerado um fornecedor. “� como um cambista que oferece um servi�o paralelo e coloca o pre�o que quer”, exemplifica.

 


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