
Para animar os foli�es, que seguiram o bloco at� embaixo do viaduto Santa Tereza, a percuss�o e as quatro vocalistas cantaram repert�rio chamado popularmente de ax�, mas que contempla o samba-afro, o ojex�, o samba-reggae, o pagod�o baiano e at� uma parte de funk, com pegada de protesto. Ana Paula Roberto, cantora do Angola Janga, acredita que o carnaval � um dos exemplos em que a cultura negra se perdeu. “O carnaval e a cultura negra precisam se encontrar, e a gente n�o pode ridicularizar nenhuma cultura para fazer com que outra prevale�a. Mas o negro tem que se fazer mais presente tamb�m”, afirma.
O cabeleireiro Belchior Ramos, de 29 anos, conta que conheceu o grupo por meio de uma amiga. “Fui a um ensaio e adorei o som. At� queria fazer parte do grupo, mas o tempo n�o deixou”, lamenta. As estudantes Yasmine Nery, de 21, de Palmas (Tocantins), e Renata Gomes, de 24, de S�o Paulo, vieram para Belo Horizonte para encontrar amigos que fizeram durante um interc�mbio na Austr�lia. N�o vieram intencionalmente para o carnaval, mas est�o adorando o clima tranquilo e sem viol�ncia.