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Estado de Minas

Corregedoria abre sindic�ncia para acompanhar investiga��o de assassinato de adolescente em Vi�osa

Crime completa um ano e caso levanta questionamentos dos familiares de menor


postado em 07/03/2016 06:00 / atualizado em 07/03/2016 09:22

Gabriel foi visto pela última vez no caminho do sítio onde ocorria a festa (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Gabriel foi visto pela �ltima vez no caminho do s�tio onde ocorria a festa (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
A Corregedoria-Geral de Pol�cia Civil abriu sindic�ncia para apurar o andamento das investiga��es sobre o assassinato de Gabriel. O caso chegou ao �rg�o a pedido do Minist�rio P�blico, devido � falta de uma solu��o do crime, diante de uma situa��o complicada na sua apura��o, que come�ou com um pedido de afastamento por parte do delegado respons�vel, que alegou desgaste. O policial foi trocado, mas, cerca de dois meses depois, houve outra mudan�a no comando do inqu�rito, criando novos obst�culos para o andamento da investiga��o.

O advogado da fam�lia diz ter questionado o delegado em algumas situa��es para produzir provas consideradas imprescind�veis na solu��o do caso, o que deveria ocorrer naturalmente. “A defesa buscava anexar imagens do local, al�m da produ��o de provas testemunhais e agilidade na busca de outras evid�ncias. N�o haveria necessidade de o advogado da v�tima requerer, isso � obriga��o da investiga��o. � por isso que, neste caso espec�fico, os trabalhos n�o tiveram a efici�ncia que se esperava”, afirma Fabiano Florio, que tamb�m relatou o fato ao Minist�rio P�blico.

O primeiro delegado a trabalhar nas investiga��es da morte de Gabriel foi Felipe Fonseca, que, em agosto, dizendo-se desgastado, pediu � Delegacia Regional de Vi�osa para sair do caso. O policial pontuou que o desgaste foi causado por manifesta��es feitas � �poca pela m�e de Gabriel, que colocavam em d�vida o trabalho dos policiais. Em setembro, ele voltou a pedir para deixar o caso, dessa vez � Justi�a de Vi�osa. O Minist�rio P�blico afirmou que a investiga��o deveria continuar e pediu ainda que a corregedoria fosse informada dessa situa��o. De acordo com a assessoria de imprensa da Pol�cia Civil, essa manifesta��o gerou a abertura de sindic�ncia, mas a corpora��o n�o d� detalhes do andamento, pelo fato de o inqu�rito estar sob sigilo.

Para Fabiano Florio, faltou eficiência no inquérito
Para Fabiano Florio, faltou efici�ncia no inqu�rito
Com a troca no comando das investiga��es, o delegado Jos� Marcelo de Paula Loureiro, na �poca lotado no munic�pio de Teixeiras, na Zona da Mata, assumiu o caso, mas ficou apenas dois meses, j� que foi transferido para a Delegacia Regional de Ponte Nova no fim de 2015. �nico delegado a falar com o EM, Jos� Marcelo diz que desenvolveu algumas dilig�ncias e garantiu que a linha tra�ada por Felipe Fonseca era bastante s�lida, por�m, dependia do resultado de um laudo no carro apreendido com manchas de sangue. Inicialmente, o material foi coletado pela per�cia de Vi�osa e encaminhado a Belo Horizonte para fazer a compara��o com o DNA de Gabriel, mas o resultado apontava que as amostras n�o tinham qualidade suficiente. “Ent�o mandei o carro para Belo Horizonte para esse material ser coletado l� e a per�cia refeita. Teve tamb�m o incidente de o delegado Felipe se dar por impedido, e essas situa��es atrasaram o processo. Com o resultado desse laudo, acho que o caso j� estaria resolvido”, opina o policial.

Se confirmadas as expectativas do delegado, o foco das investiga��es se volta para um grupo de cinco amigos que teria cruzado com Gabriel em um bar quando o jovem saiu andando de madrugada na rodovia de acesso ao local da festa. Fontes ligadas � investiga��o informaram que h� ind�cios de que um deles, inclusive, teria feito uma piada com Gabriel quando o garoto passou, dizendo que o centro de Vi�osa estava muito longe dali. Ouvido no inqu�rito, o dono do ve�culo apreendido disse apenas que foi � festa e parou com amigos em um bar depois do evento, de onde foi embora para casa.

Outro ponto t�cnico que poderia ajudar e tamb�m ficou pendente no momento em que Jos� Marcelo esteve � frente das investiga��es � a per�cia em uma arma encontrada com Luiz Carlos Santana, de 23, e Ramon Elder de Souza, de 24, presos em outubro em Ponte Nova por assaltos na regi�o. Curiosamente, os dois eram os mesmos que estavam presentes quando o corpo de Gabriel foi encontrado. A dupla alegou que passava por um terreno da Universidade Federal de Vi�osa (UFV) para cortar caminho at� o Centro da cidade, quando um deles parou para urinar e viu o corpo em uma vala, o que motivou um contato com seguran�as da UFV. Sete meses depois do crime, a Pol�cia Civil desconfiou de que a arma encontrada com os dois quando foram presos em Ponte Nova poderia ter rela��o com a morte de Gabriel e aguarda exame para comparar o proj�til que matou o jovem com o rev�lver calibre 38.


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