
O advogado da fam�lia diz ter questionado o delegado em algumas situa��es para produzir provas consideradas imprescind�veis na solu��o do caso, o que deveria ocorrer naturalmente. “A defesa buscava anexar imagens do local, al�m da produ��o de provas testemunhais e agilidade na busca de outras evid�ncias. N�o haveria necessidade de o advogado da v�tima requerer, isso � obriga��o da investiga��o. � por isso que, neste caso espec�fico, os trabalhos n�o tiveram a efici�ncia que se esperava”, afirma Fabiano Florio, que tamb�m relatou o fato ao Minist�rio P�blico.
O primeiro delegado a trabalhar nas investiga��es da morte de Gabriel foi Felipe Fonseca, que, em agosto, dizendo-se desgastado, pediu � Delegacia Regional de Vi�osa para sair do caso. O policial pontuou que o desgaste foi causado por manifesta��es feitas � �poca pela m�e de Gabriel, que colocavam em d�vida o trabalho dos policiais. Em setembro, ele voltou a pedir para deixar o caso, dessa vez � Justi�a de Vi�osa. O Minist�rio P�blico afirmou que a investiga��o deveria continuar e pediu ainda que a corregedoria fosse informada dessa situa��o. De acordo com a assessoria de imprensa da Pol�cia Civil, essa manifesta��o gerou a abertura de sindic�ncia, mas a corpora��o n�o d� detalhes do andamento, pelo fato de o inqu�rito estar sob sigilo.

Se confirmadas as expectativas do delegado, o foco das investiga��es se volta para um grupo de cinco amigos que teria cruzado com Gabriel em um bar quando o jovem saiu andando de madrugada na rodovia de acesso ao local da festa. Fontes ligadas � investiga��o informaram que h� ind�cios de que um deles, inclusive, teria feito uma piada com Gabriel quando o garoto passou, dizendo que o centro de Vi�osa estava muito longe dali. Ouvido no inqu�rito, o dono do ve�culo apreendido disse apenas que foi � festa e parou com amigos em um bar depois do evento, de onde foi embora para casa.
Outro ponto t�cnico que poderia ajudar e tamb�m ficou pendente no momento em que Jos� Marcelo esteve � frente das investiga��es � a per�cia em uma arma encontrada com Luiz Carlos Santana, de 23, e Ramon Elder de Souza, de 24, presos em outubro em Ponte Nova por assaltos na regi�o. Curiosamente, os dois eram os mesmos que estavam presentes quando o corpo de Gabriel foi encontrado. A dupla alegou que passava por um terreno da Universidade Federal de Vi�osa (UFV) para cortar caminho at� o Centro da cidade, quando um deles parou para urinar e viu o corpo em uma vala, o que motivou um contato com seguran�as da UFV. Sete meses depois do crime, a Pol�cia Civil desconfiou de que a arma encontrada com os dois quando foram presos em Ponte Nova poderia ter rela��o com a morte de Gabriel e aguarda exame para comparar o proj�til que matou o jovem com o rev�lver calibre 38.