
De acordo com o promotor Mauro Ellovitch, o MP aguarda que a empresa apresente o plano, o que ainda n�o foi feito. “Vamos verificar o que foi juntado ao processo e pedir uma vistoria na Samarco para verificar se a liminar foi cumprida”, afirma. No �ltimo dia 30, reportagem do Estado de Minas mostrou problemas nos tr�s diques constru�dos pela Samarco para impedir que a lama que ainda desce das barragens do Fund�o (rompida) e Santar�m (atingida) chegue aos rios da regi�o. De acordo com o Ibama e o MP, os diques foram assoreados antes do tempo previsto e, por isso, o terceiro barramento funciona com sobrecarga, o que abreviaria a sua vida �til. A mineradora informou que est� ampliando o reservat�rio, que fica no limite das casas de Bento Rodrigues, o subdistrito de Mariana arrasado pelo rompimento da barragem.
No dia 5 de novembro do ano passado, a Barragem do Fund�o se rompeu, liberando mais de 30 milh�es de metros c�bicos de lama e rejeitos de min�rio de ferro e provocando o maior desastre s�cio-ambiental do pa�s. O rastro de lama arrasou v�rios distritos de Mariana, a cidade de Barra Longa e afetou mais de 600 quil�metros do Rio Doce at� o mar, no Esp�rito Santo. Pelo menos 18 pessoas morreram – um dos corpos ainda n�o foi encontrado.
A��ES A Samarco informou, por meio de nota que “n�o tem medido esfor�os para diminuir os impactos causados ao Rio Doce”. Para melhorar a turbidez (concentra��o de s�lidos) da �gua, a empresa afirma que, al�m da constru��o dos diques, vem recuperando os afluentes que des�guam nos rios Gualaxo do Norte e Carmo. “Outra a��o, com 80% do total j� conclu�do, � a revegeta��o das margens dos rios e afluentes do Doce por meio do plantio emergencial de gram�neas e leguminosas nas �reas impactada. A empresa tamb�m realiza dragagem dos rejeitos retidos no lago da Usina Hidrel�trica Risoleta Neves (Candonga), em Santa Cruz do Escalvado”.
Segundo a Samarco, a implementa��o do sistema de diques tem mostrado resultados positivos � medida que os trabalhos v�m sendo realizados. “O principal indicador desse processo � a medi��o de turbidez, que indica melhoria significativa da �gua, atingindo valores abaixo do limite legal” no reservat�rio que ainda funciona.
A empresa informa que os crit�rios para recupera��o das 500 primeiras nascentes, das 5 mil que ser�o recuperadas, em Minas Gerais e no Esp�rito Santo, j� foram definidos junto � ag�ncia operadora do Comit� da Bacia do Rio Doce. Desde o rompimento da barragem, a Samarco conta com 118 pontos de monitoramento da qualidade da �gua, sendo 84 pontos no rio Doce e 34 pontos no mar. Mais de 500 mil an�lises foram realizadas, que resultaram em 25 mil laudos.
Resultados atuais indicam, segundo a Samarco, que a qualidade da �gua do Rio Doce encontra-se similar aos padr�es observados em 2010, conforme indicado no relat�rio de dezembro do Servi�o Geol�gico do Brasil (CPRM) e da Ag�ncia Nacional das �guas (ANA). “A Samarco reitera que todas estas a��es s�o apresentadas, discutidas e aprovadas junto aos �rg�os ambientais competentes em reuni�es peri�dicas que t�m sido realizadas pela empresa desde o acidente com a Barragem de Fund�o”.