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Estado de Minas

SOS Estradas diz que 1,7 mil usu�rios de drogas tiram CNH mensalmente no estado

Coordenador da ONG, Rodolfo Rizzoto critica liminares, que estariam "atendendo interesses de exploradores de caminhoneiros, que fazem uso de entorpecentes para suportar longas jornadas"


postado em 06/05/2016 21:10 / atualizado em 06/05/2016 22:23

Lei do caminhoneiro determina a realização de exame toxicológico para habilitar motoristas de veículos pesados (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Lei do caminhoneiro determina a realiza��o de exame toxicol�gico para habilitar motoristas de ve�culos pesados (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Cerca de 1,7 mil usu�rios regulares de drogas est�o livres de enfrentar o exame toxicol�gico de larga janela para expedi��o ou renova��o das Carteiras Nacionais de Habilita��o (CNHs) nas categorias C, D e E, mensalmente, no estado. A avalia��o � exigida pela Lei Federal 13.103/15 (conhecida como Lei do Caminhoneiro), por�m, liminar da 5ª Vara Federal de Minas Gerais, de 13 de abril, liberou o Departamento de Tr�nsito (Detran-MG) para emitir as CNHs sem a exig�ncia legal do exame, at� 30 de junho.

A estimativa que d� conta dos usu�rios de drogas tendo acesso � CNH � do programa SOS Estradas. O coordenador do programa, Rodolfo Rizzotto, destaca que, al�m de Minas, 10 estados n�o est�o aplicando a lei, por decis�es liminares. Ele calcula que, no pa�s, mais de 10 mil usu�rios regulares de drogas est�o livres do exame toxicol�gico mensalmente, considerando at� ent�o a flexibiliza��o das 11 unidades federativas.


A base de c�lculo do SOS Estradas para sugerir o volume de usu�rios regulares de droga beneficiados pela falta de restri��es para expedi��o ou renova��o das CNHs nas categorias C, D e E foi o n�mero de documentos emitidos em 2013 no pa�s. Rizzotto informou que o percentual de 10% de usu�rios vem sendo detectado entre os motoristas profissionais. O �ndice, segundo ele, foi constatado em estudos realizados nos meios acad�micos e em a��es do Minist�rio P�blico do Trabalho e da Pol�cia Rodovi�ria Federal.

Em Minas, em 2013, foram emitidas 207.692 CNHs nas categorias C, D e E, com m�dia mensal de 17.307. Da�, o c�lculo de que mensalmente 1,7 mil usu�rios de drogas estejam sendo beneficiados. O exame atual, realizado a partir do fio de cabelo, constata se a pessoa usou regularmente algum tipo de droga il�cita no per�odo de at� 90 dias. O coordenador do programa destaca que a liminar concedida ao Detran-MG n�o questiona a efic�cia do exame, mas tem como objetivo apenas ampliar o prazo para que o departamento mineiro se adapte � nova legisla��o.

Na liminar, o juiz da 5ª Vara Federal, Valmir Conrado, determinou que o sistema do Denatran seja desbloqueado temporariamente. O Detran-MG estimou que, durante o impasse, em que prevaleu a realiza��o dos exames, cerca de 10 mil CNHs ficaram retidas. A partir da liminar da Justi�a Federal no estado, o Departamento Nacional de Tr�nsito (Denatran) foi notificado para que o sistema mineiro fique desbloqueado at� 30 de junho para emiss�o das CNHs sem a exig�ncia do exame toxicol�gico, com o objetivo de n�o prejudicar os condutores que necessitam da expedi��o ou renova��o do documento.


Por ocasi�o da decis�o judicial liberando a avalia��o, a delegada respons�vel pela Divis�o de Habilita��o do Detran, Maria Alice Faria, explicou que a a��o que resultou na liminar da Justi�a Federal partiu do Minist�rio P�blico, em n�veis estadual e federal, em Minas Gerais. Segundo a delegada, o fundamento principal � absoluta aus�ncia de comprova��o de efic�cia dos exames na diminui��o dos acidentes.

E, at� que o m�rito seja discutido, o juiz da 5ª Vara Federal, Valmir Conrado, determinou que o sistema do Denatran seja desbloqueado. A assessoria do Detran-MG informou, por�m, que o �rg�o est� pronto para adotar o que diz a legisla��o sobre a obrigatoriedade do exame.

Para Rodolfo Rizzotto, do SOS Estradas, o esfor�o judicial para evitar a exig�ncia do exame toxicol�gico na habilita��o de motoristas das categorias C, D e E pode ser entendida como "defesa de interesses de alguns grupos". "Entre esses, est�o transportadoras que querem explorar a m�o de obra de caminhoneiros que fazem uso regular de drogas para dar contar de rodar por longas jornadas. Em nada beneficia a seguran�a deles e de outros usu�rios das estradas”, afirmou Rizzotto.


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