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Estado de Minas

Desalojados pelo tsunami de lama da Samarco escolhem o local do novo Bento Rodrigues

As 226 fam�lias participam de vota��o no Centro de Conven��es em Mariana ao longo de todo o dia. Terreno da Lavoura � o que mais agrada


postado em 07/05/2016 09:27 / atualizado em 07/05/2016 09:53

(foto: Túlio Santos/EM/D.A. PRESS)
(foto: T�lio Santos/EM/D.A. PRESS)
Seis meses e dois dias depois do rompimento da Barragem de Fund�o, que varreu do mapa o subdistrito de Bento Rodrigues, em Mariana, os moradores desalojados pelo tsunami de lama dever�o escolher o local onde a comunidade ser� reconstru�da. A assembleia acontece de 8h �s 17h no Centro de Conven��es de Mariana.

A Barragem de Fund�o rompeu em 5 de novembro de 2015, resultando na morte de 19 pessoas, destruiu o subdistrito de Bento Rodrigues e afetou os distritos de �guas Claras, Ponte do Gama, Paracatu e Pedras e as cidades de Barra Longa e Rio Doce. A lama de rejeito afetou toda a Bacia Hidrogr�fica do Rio Doce.

Os moradores analisam tr�s terrenos: Lavoura, de propriedade da sider�rgica Arcelor Mittal; Carabina, de propriedade de pessoa f�sica que fica no per�metro de Mariana; e Bicas, �rea mais afastada de propriedade da Samarco. Ao todo participam da vota��o 226 fam�lias e cada uma delas tem direito a um voto. "O processo � mesmo demorado. Temos que ter muita certeza do local escolhido. Depois de escolhido o terreno, a constru��o come�ar� daqui a um ano e meio. Todo mundo queria mais r�pido, mas esse � o processo", afirmou Antonio Pereira Gon�alves, conhecido como Da Lua, da Comiss�o de Atingidos de Bento Rodrigues.

A escolha do local precisa ter a aprova��o de 60% das fam�lias para ser ratificada. "As pessoas entenderam que n�o tem como voltar ao passado. O Bento onde viveram um dia n�o vai voltar. Ficar� s� na lembran�a. Por�m, � um momento de esperan�a e o sentimento � acreditar na reconstru��o de um novo Bento", afirma o prefeito de Mariana Duarte J�nior.

As fam�lias de Bento Rodrigues t�m demonstrado interesse pelo Lavoura, terreno de 100 hectares a 12 quil�metros do Centro da cidade colonial e a 10 do subdistrito arrasado pela lama. A Samarco dever� adquirir a �rea da Arcelor Mittal. No entanto, antes da constru��o da nova comunidade, ser�o realizadas an�lises sobre a qualidade do terreno para diferentes lavouras e a quantidade de �gua dispon�vel para o abastecimento das futuras moradias.

O prazo oficial para o an�ncio do local se encerrou no fim de abril. O prefeito informou as resid�ncias ter�o tetos que aproveitam a luz solar, com calhas para coletar a �gua da chuva. "O novo Bento ser� refer�ncia de respeito ao meio ambiente n�o s� para Minas como para todo o Brasil", afirma o prefeito.

As casas seguirão princípios de sustentabilidade, com dispositivos para aproveitamento da luz solar e água da chuva(foto: Túlio Santos/EM/D.A. PRESS)
As casas seguir�o princ�pios de sustentabilidade, com dispositivos para aproveitamento da luz solar e �gua da chuva (foto: T�lio Santos/EM/D.A. PRESS)
A reconstru��o da comunidade faz parte de acordo homologado pela Justi�a Federal entre a Samarco, Vale e BHP Billinton, governos de Minas, Esp�rito Santo e o governo federal para recuperar e compensar os danos ao meio ambiente e �s comunidades da Bacia Hidrogr�fica do Rio Doce causados pelo rompimento da Barragem de Fund�o em 5 de novembro do ano passado. Al�m da constru��o da nova comunidade, o acordo prev� a realiza��o de 40 projetos de recupera��o socioambiental e socioecon�mica. O gerenciamento ficar� a cargo de uma funda��o de direito privado que deve ser constitu�da at� 2 de julho. O acordo n�o prev� os valores m�ximos que dever�o ser investidos, mas, nos pr�ximos tr�s anos, funda��o receber� R$ 4,4 bilh�es para executar os projetos.


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