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Estado de Minas

Sistema de suporte contra estupro � pouco abrangente em Minas

Falta de estrutura para atendimento a v�timas de viol�ncia sexual no estado favorece a subnotifica��o dos casos. Repercuss�o de den�ncia de abuso coletivo no Rio ainda abala o pa�s


postado em 31/05/2016 06:00 / atualizado em 31/05/2016 07:05

Para defensora pública Cibele Maffia Lopes, o registro da queixa é indispensável, embora opcional(foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A PRESS)
Para defensora p�blica Cibele Maffia Lopes, o registro da queixa � indispens�vel, embora opcional (foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A PRESS)
Com o pa�s ainda sob o impacto das investiga��es sobre um estupro coletivo contra uma adolescente de 16 anos no Rio de Janeiro e em um contexto social no qual a mulher se envergonha de prestar queixa quando � v�tima de viol�ncia sexual, o tamanho da rede de assist�ncia m�dica, policial e psicol�gica �s v�timas pouco contribui para que as estat�sticas se aproximem da realidade dos casos de abuso em Minas.

Mulheres v�timas desse tipo de agress�o encontram apenas 87 hospitais referenciados, distribu�dos em um n�mero ainda menor de localidades – s� 77 cidades oferecem atendimento emergencial, multidisciplinar e de assist�ncia social, o que representa apenas 9% dos 853 munic�pios mineiros. Faltam tamb�m delegacias especializadas, que chegam a apenas 77 no estado, seis delas em Belo Horizonte e as demais nas sedes regionais da Pol�cia Civil.

Especialistas alertam sobre a gravidade do problema, j� que, mesmo quando chegam aos servi�os de sa�de, muitas delas n�o tornam a agress�o um caso de pol�cia. Em um dos maiores hospitais especializados da capital, o n�mero de v�timas que formalizam queixa beira um ter�o do total.

“Muitos casos ainda deixam de ser denunciados, porque essa � uma decis�o que depende da mulher e a grande maioria tem medo do agressor, ou tem vergonha do que aconteceu, ou acha que foi culpada pelo estupro. Por isso a rede de apoio � t�o importante, para vencer todos esses obst�culos”, afirma a defensora p�blica Cibele Cristina Maffia Lopes, titular da Defensoria Especializada de Defesa da Mulher V�tima de Viol�ncia. Ela lembra ainda que, por mais dif�cil que seja reviver a agress�o, a mulher precisa, com apoio profissional, ter coragem de denunciar e adotar os cuidados de sa�de necess�rios ap�s o abuso.

Minimizar a dor da mulher estuprada ainda � um desafio para a Pol�cia Civil em Minas. De acordo com o superintendente de Investiga��es da corpora��o, Andr� Pelli, ampliar a rede depende de aumento do efetivo de delegados e escriv�es, demanda urgente e hist�rica da corpora��o. “Para isso, precisamos de concurso p�blico.

H� um em andamento para investigadores. Cerca de mil est�o em forma��o. Mas para delegados e escriv�es n�o h� concurso aberto, embora deva sair ainda neste ano”, afirma. Ainda assim, o superintendente afirma que n�o h� demanda que justifique a cria��o de uma delegacia especializada em todas as cidades do estado.

“Estamos dando prioridade �s de maior popula��o, que concentram a maior quantidade de casos”, afirma. Segundo ele, quando h� necessidade de apoio para atendimento � v�tima de viol�ncia sexual, a Civil busca apoio de conselhos tutelares, servi�os de psicologia ou conduz a mulher � delegacia regional mais pr�xima.


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