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Estado de Minas

Dados de hospital em BH confirmam subnotifica��o de casos de estupro

Estat�sticas da Maternidade Odete Valadares, refer�ncia na capital mineira para v�timas de agress�o sexual, d�o ideia da viol�ncia: cerca de 30% n�o formalizam queixa


postado em 31/05/2016 06:00 / atualizado em 31/05/2016 07:22

(foto: Janey Costa)
(foto: Janey Costa)
A subnotifica��o dos casos de estupro em Minas Gerais torna-se n�tida nas estat�sticas um dos cinco servi�os de sa�de referenciados em Belo Horizonte para atendimento a v�timas de viol�ncia sexual. Na Maternidade Odete Valadares, na Regi�o Centro-Sul de BH, cerca de 30% das mulheres que d�o entrada ap�s sofrer abuso n�o registram boletim de ocorr�ncia na pol�cia. Na unidade, s�o pelo menos dois casos dessa natureza por semana, ou seja, de oito a 10 atendimentos em m�dia por m�s, de pacientes de Belo Horizonte e da regi�o metropolitana que passam por servi�os de emerg�ncia, assist�ncia psicol�gica e assist�ncia social.


Diretor da maternidade, Francisco Jos� Machado Viana defende que por tr�s da subnotifica��o est�o principalmente os fatores sociais que culpabilizam a mulher de forma equivocada, mas seguidos de outros tamb�m muito importantes. “H� uma falta de conhecimento muito grande da estrutura. N�o podemos considerar que todas as pessoas sabem dos servi�os, especialmente no interior. J� fizemos treinamento com 4 mil profissionais em muitas cidades, em todas as macrorregi�es de Minas, mas a rede ainda � muito pequena. Certamente precisaremos fazer mais, formalizar o servi�o, divulgar isso dentro da rede do estado”, afirma.

Na lista de servi�os est�o os de emerg�ncia, que funcionam 24 horas e incluem coleta de material biol�gico para exame de DNA (o que contribui para identifica��o e pris�o do agressor); atendimento ginecol�gico; exames de sangue; aplica��o de vacina contra hepatite B; administra��o de antibi�ticos para evitar doen�as sexualmente transmiss�veis de origem bacteriana (como s�filis); e de antivirais, para evitar a transmiss�o de hepatites virais e do v�rus HIV. Em seguida, a mulher � encaminhada ao ambulat�rio, onde passa a ser acompanhada por m�dico e assistente social por no m�nimo seis meses. O atendimento psicol�gico pode durar at� um ano. Se for necess�rio atendimento social e jur�dico ou abrigamento, h� tamb�m o encaminhamento junto a organiza��es do munic�pio.

De acordo o m�dico, � poss�vel que todo munic�pio mineiro tenha o servi�o especializado. “No primeiro atendimento, o que se precisa s�o apenas pessoas treinadas. Para qualquer necessidade mais complexa, h� o prazo de 72 horas para transferir e buscar um munic�pio de maior porte”, explica. O prazo, segundo ele, � o necess�rio para que a paciente tenha acesso � medica��o para evitar doen�as sexualmente transmiss�veis.

Diferentemente do passado, a rede especializada de atendimento � v�tima de agress�o sexual trabalha hoje dando prioridade ao atendimento de sa�de. “Houve uma mudan�a no fluxo, que inicialmente exigia a passagem pela delegacia at� a v�tima chegar ao servi�o de sa�de. Agora, ela pode ir diretamente � unidade de atendimento m�dico, onde � orientada a procurar a pol�cia. Mas fazer a queixa � uma decis�o dela”, afirma o diretor Francisco Jos� Viana, que ressalta ainda ser muito pr�xima a rela��o entre os dois servi�os, bem como os demais necess�rios para prote��o da mulher violentada. Ainda assim, ele refor�a, que a vergonha e o constrangimento devem ser deixados de lado nesse contexto. “A mulher precisa tomar coragem e buscar ajuda. Isso � o mais importante”, diz. J� o superintendente de Investiga��es da Pol�cia Civil, Andr� Pelli, refor�a que a den�ncia pode ser feita a qualquer tempo, mesmo que o abuso tenha ocorrido na inf�ncia.

Enquanto isso...

...Den�ncia de estupro
coletivo mobiliza pol�cia

A Pol�cia Civil vai investigar uma ocorr�ncia que inicialmente foi tratada como den�ncia de estupro coletivo, que teria como v�tima uma adolescente de 14 anos, em Santa Luzia, na Grande BH. A agress�o, por�m, teria sido desmentida mais tarde pela pr�pria v�tima, que, segundo os policiais, admitiu ter mantido rela��es consensuais com seis homens, entre a noite domingo e madrugada de segunda-feira. Inicialmente, um rapaz foi detido em sua casa, no fim da manh�, depois que a garota fez a den�ncia. Por�m, de acordo com o delegado Marcelo Mandel, do plant�o da delegacia regional da cidade, o suspeito J.P.L., de 21, foi ouvido e liberado. Segundo o policial, como a garota n�o � menor de 14 anos, n�o estava sob efeito de drogas ou �lcool  e n�o apresenta problemas ps�quicos, n�o havia elementos para o flagrante por crime de estupro. A jovem teria inventado a vers�o de abuso para justificar o fato de ter passado a noite fora de casa. 


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