(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Mulheres de 0 a 18 anos aparecem como principais alvos de estupros em Minas

Estat�sticas dos servi�os de sa�de mostram ainda que maioria dos agressores est� no c�rculo familiar e social das v�timas


postado em 01/06/2016 06:00 / atualizado em 01/06/2016 07:24

Estupro coletivo no Rio de Janeiro motivou protestos de mulheres em Brasília(foto: Wilson Dias/Agência Brasil)
Estupro coletivo no Rio de Janeiro motivou protestos de mulheres em Bras�lia (foto: Wilson Dias/Ag�ncia Brasil)
Fr�geis e vulner�veis, crian�as e adolescentes est�o no topo de uma triste estat�stica em Minas: s�o os principais alvos de estupradores, que na maioria dos casos agem dentro do pr�prio c�rculo familiar e social das v�timas. Dados da Secretaria de Estado de Sa�de (SES) mostram que mulheres na faixa et�ria de 0 a 18 anos – a mesma da adolescente de 16 cujo estupro coletivo foi denunciado na semana passada, no Rio de Janeiro – somam mais da metade das pacientes que deram entrada em unidades de sa�de em Minas por agress�o sexual.

Nos cinco primeiros meses deste ano, o percentual de menores chegou a 54,4% do total de 438 v�timas estupradas. O �ndice j� foi at� maior em anos anteriores. Em 2015, representou 57,9% dos 1.737 estupros e, em 2014, somou 58,4% dos 1.679 casos registrados. Os dados fazem parte do Sistema de Informa��o de Agravos de Notifica��o (Sinan) e se referem �s situa��es notificadas e aos procedimentos realizados por essas v�timas nos hospitais.

Segundo o levantamento, a faixa et�ria de 19 a 59 anos representa, em m�dia, 40% das v�timas nos anos analisados, enquanto idosos ficam abaixo de 3%. O diretor da Maternidade Odete Valadares, Francisco Jos� Machado Viana, diz que o perfil do autor de estupro tamb�m varia de acordo com a idade da v�tima. “Entre crian�as de at� 12 anos, o agressor � principalmente algu�m da fam�lia. Acima de 12 e at� 17 pode ser do c�rculo familiar, mas tamb�m um conhecido, um vizinho ou um amigo. J� para os casos de v�timas acima de 18 anos, s�o principalmente desconhecidos que praticam o estupro”, afirma o diretor da unidade, refer�ncia para assist�ncia �s v�timas de viol�ncia sexual que atende entre 8 e 10 mulheres estupradas ao m�s.

HIST�RICO Um dos casos b�rbaros contra crian�as em Minas ocorreu em mar�o, quando a Pol�cia Civil indiciou por homic�dio qualificado e estupro o padrasto de uma menina de 7 meses, em Uberl�ndia, no Tri�ngulo Mineiro. Carlos Henrique Gomes Fortunato, de 25 anos, confessou o abuso, al�m do fato de ter torturado e asfixiado a menina.

Tamb�m em mar�o, um homem de 29 anos foi preso por suspeita de abusar de crian�as e adolescentes com defici�ncia visual em Belo Horizonte. Ele trabalhou como supervisor pedag�gico em uma escola especializada da capital. As supostas v�timas eram alunos entre 11 e 16 anos, de ambos os sexos. Na capital, a Secretaria Municipal de Sa�de registrou 60 casos de estupro, at� maio deste ano. No ano passado foram 305, contra 346 em 2014.


Os dados n�o foram estratificados por faixa et�ria, mas o coordenador de Aten��o � Sa�de da Mulher da secretaria, Virg�lio Queiroz, comenta a situa��o de vulnerabilidade das menores de idade (crian�as e adolescentes) ao crime de estupro. “S�o pessoas expostas a um risco maior, s�o mais fr�geis. E quanto maior � essa fragilidade, maior a chance de o agressor agir”, afirma.

Segundo ele, a cria��o de rede de atendimento e prote��o a v�timas de estupro vem dando respostas mais severas aos agressores, ao mesmo tempo em que preserva a integridade f�sica e psicol�gica das v�timas. Ele lembra ainda que, em BH, cinco hospitais s�o referenciados para atendimento � mulher v�tima de viol�ncia sexual. Tamb�m refor�a a import�ncia de preservar provas e denunciar sempre.

Em nota, a SES informou que o atendimento �s v�timas de agress�o sexual � integral e obrigat�rio em todas as unidades integrantes da rede, de acordo com a Lei Federal 12.845/2013, e que, em Minas, 87 hospitais est�o habilitados como refer�ncias do Servi�o de Aten��o �s Pessoas em Situa��o de Viol�ncia Sexual. S�o estabelecimentos que oferecem atendimento emergencial, integral e multidisciplinar e, se necess�rio, encaminham aos servi�os de assist�ncia social. “O atendimento cl�nico e psicol�gico nesses hospitais funciona em regime integral, 24 horas por dia, nos sete dias da semana, e � realizado de forma humanizada, respeitando o sigilo e a privacidade das v�timas”, informou o texto. Al�m disso, segundo a secretaria, essas unidades s�o respons�veis pela administra��o de medicamentos contra doen�as sexualmente transmiss�veis e tamb�m para anticoncep��o de emerg�ncia.

Padrasto responde por estupro continuado


A Delegacia de Mulheres de Jo�o Monlevade, na Regi�o Central do estado, investiga um caso de estupro continuado contra uma jovem que diz ter sido molestada pelo padrasto, com o consentimento da m�e, nos �ltimos sete anos. No s�bado, a v�tima, uma estudante de 18 anos, gravou um v�deo do momento em que o homem entra em seu quarto e inicia os abusos. O acusado, R.B.F., 73 anos, foi preso em flagrante, assim como a m�e da jovem, M.A.P, de 49. Na abordagem policial, ele teria admitido abusos e “car�cias” na enteada. A estudante sustenta que o ass�dio teve in�cio quando ela tinha 11 anos e justificou que n�o havia denunciado antes porque o homem
a amea�ava de morte.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)