
Pelas redes sociais, a jovem que sofreu a agress�o sexual se manifestou. “Nesse �ltimo EM P�blico sofri um abuso. Estava em uma situa��o vulner�vel, inconsciente. Fui surpreendida por essa situa��o terr�vel, em que estava diante de um homem que acreditou que poderia fazer sexo com uma pessoa na situa��o em que eu estava. Minha primeira rea��o: choque. Minha segunda rea��o: preciso sair daqui. Tento fugir, ele foi atr�s. � quando re�no minhas for�as e consigo dizer n�o, para ele parar – sabia que eu n�o merecia passar por aquilo e que eu n�o precisaria passar. Ele me larga. Saio daquele quarto extremamente humilhada”.
De acordo com a delegada-chefe da Divis�o de Pol�cia Especializada da Mulher, do Idoso e do Deficiente, Dan�bia Soares Quadros, a estudante da FJP chegou � delegacia muito abalada, nervosa e chorando muito. “Ela disse que ficou com um dos rapazes, de 24 anos, no primeiro dia, durante uma festa de confraterniza��o. Contou que bebeu muito e acabou indo para o quarto dele, onde perdeu os sentidos”, relata. Segundo o depoimento � pol�cia, a jovem relatou ter acordado numa cama de casal com um dos rapazes nus a puxando em sua dire��o e que viu do outro lado da cama um outro, de cueca. O homem com quem estava tendo um relacionamento se encontrava dormindo num beliche. “A v�tima disse que se assustou e tentou correr para o banheiro, mas que eles tentaram agarr�-la e beij�-la. Ela chegou a dizer: ‘O que voc�s pensam que eu sou’. Ent�o o rapaz com que tinha ficado jogou para ela uma das camisas dos suspeitos e ela escapou”, relata a delegada.
Um casal chegou a ver a jovem fugindo do quarto tr�pega e os tr�s suspeitos dentro do c�modo, de cuecas. Segundo a delegada, eles foram localizados, mas ainda n�o foram ouvidos. A v�tima chegou a fazer uso do coquetel antirretroviral para prevenir de doen�as infecciosas como a Aids, mas a medida n�o teria mais efic�cia devido ao tempo decorrido. Um exame de corpo de delito tamb�m foi feito, mas ainda n�o apresentou resultados. “O testemunho do casal � uma das provas mais forte. Se forem confirmadas as acusa��es, eles podem ser condenados por estupro de incapaz, por ter a v�tima estado desacordada, com agravante do recurso de mais pessoas, o que pode levar a pris�o de 8 a 15 anos”, afirma a policial.
Funda��o divulga nota de rep�dio
A Funda��o Jo�o Pinheiro se manifestou, por meio de nota do seu presidente, Roberto do Nascimento Rodrigues, sobre as den�ncias de estupro coletivo em evento com a participa��o de alunos e ex-estudantes. “O presidente da Funda��o Jo�o Pinheiro repudia quaisquer atos de viol�ncia, opress�o, constrangimento ou equivalentes, praticados contra membros da institui��o, em particular aqueles relacionados aos alunos da Escola de Governo Paulo Neves de Carvalho”, informou. A nota destaca ainda que “j� foram iniciados os procedimentos para apoio � v�tima”.
O presidente da Federa��o Nacional dos Estudantes dos Cursos do Campo de P�blicas (Feneap), Andr� Vechi, esteve no evento e tamb�m manifestou rep�dio � a��o, especialmente por um dos suspeitos ser um palestrante que deveria transmitir conhecimento e n�o molestar congressistas. “Lamentamos profundamente, n�o � o tipo de fato para um evento estudantil. Nos solidarizamos com a v�tima”, disse.