Samarco acerta detalhes do PDV para dispensar 1,2 mil funcion�rios

A Samarco acertou os �ltimos detalhes nesta quarta-feira para colocar em pr�tica o programa de demiss�es volunt�rias (PDV) e dispensar 1,2 mil dos cerca de 3 mil funcion�rios da mineradora em Minas e Esp�rito Santo. A proposta final foi apresentada aos sindicatos das categorias e vai para assembleia dos sindicados para ser validada, na segunda, ter�a e quarta-feira da pr�xima semana, segundo a mineradora.

De acordo com a Samarco, a apresenta��o de um PDV foi sugerida pelos sindicatos para minimizar os impactos das demiss�es necess�rias para adequar a for�a de trabalho da empresa � sua nova realidade, uma vez que h� indefini��es sobre a volta das opera��es depois da trag�dia de novembro, com o rompimento da Barragem do Fund�o, em Mariana, Regi�o Central de Minas, que matou 19 pessoas, destruiu comunidades e provocou o maior desastre ambiental da hist�ria do pa�s.

A proposta final da Samarco fala de 50% do sal�rio para cada ano de trabalho, limitado a quatro sal�rios; valor fixo equivalente a tr�s sal�rios, limitando a R$ 7,5 mil; n�o ser� efetuado desconto na reciss�o de contrato do adiantamento de participa��o de lucros e resultados; e concess�o de plano de sa�de por seis meses ap�s a data de demiss�o. Caso o empregado tenha d�vidas de plano de sa�de, ser� perdoado o valor que exceda 30% do total da rescis�o. Os empregados da mineradora poder�o aderir ao PDV entre 27 de junho e 29 de julho.

“Os n�veis gerenciais, com exce��o de chefe de equipe, n�o poder�o aderir ao PDV. Nesse caso, as demiss�es ser�o realizadas a crit�rio da empresa. O profissional demitido ter� os mesmos benef�cios previstos no PDV”, informou a Samarco.

Ainda de acordo com a empresa, sua nova realidade exige a redu��o de cerca de 40% do seu quadro de funcion�rios. “A empresa ainda n�o tem sinaliza��o sobre quando ser�o concedidas as licen�as, e a expectativa � de um retorno com apenas 60% da capacidade operacional por alguns anos”, informou a Samarco, por meio de nota.

“� preciso ressaltar que a retomada das opera��es � imprescind�vel para a manuten��o de 60% da sua for�a de trabalho em Minas Gerais e Esp�rito Santo e para que a empresa continue a gerar empregos, pagar impostos e contribuir para o desenvolvimento socioecon�mico das comunidades”, continua a nota. (RB)