Grava��es telef�nicas feitas pela Pol�cia Federal, divulgadas nesta quinta-feira pelo Jornal Nacional, refor�am a suspeita de tentativa de atrapalhar as apura��es da trag�dia. Em conversa gravada em janeiro deste ano, um funcion�rio a servi�o da Samarco contou ao gerente de Projetos, Germano Lopes, o que falou aos peritos que queriam ver relat�rios. A conversa indica que documentos relativos � barragem foram entregues � pol�cia depois de passar pelo crivo do departamento jur�dico da mineradora.
Durante as investiga��es, agentes da PF encontraram ind�cios de omiss�o de informa��es importantes para apontar as causas do desastre.Nas grava��es das conversas telef�nicas, constatam-se acertos de detalhes que funcion�rios de empresas contratadas deveriam observar em depoimentos e na apresenta��o de documenta��o t�cnica.
Um dos di�logos envolve o s�cio da empresa VogBR Oth�vio Afonso Marchi. A empresa foi contratada pela Samarco para avaliar a estrutura da Barragem do Fund�o. No �udio, Marchi parece combinar o depoimento � pol�cia com o engenheiro Samuel Santana Loures, que atestou a estabilidade da represa.
Ao Jornal Nacional, a Samarco declarou que sempre colaborou com as investiga��es e repudiou o que chamou de “insinua��es sobre obstru��o dos trabalhos”. O diretor de opera��es da Samarco, Kl�ber Terra, citado em uma das grava��es, repudiou o uso dos di�logos que, para ele, est�o descontextualizados e n�o refletem os fatos. A VogBR n�o comentou as den�ncias.