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Estado de Minas

Espera em UPA de Santa Luzia sacrifica pacientes

Unidade do Bairro S�o Benedito � a �nica do munic�pio que faz triagem para atendimento no SUS. Para piorar, a demora da transfer�ncia para outros hospitais leva pacientes ao desespero e at� � morte


postado em 29/06/2016 06:00 / atualizado em 29/06/2016 07:33

Para ser atendido no Sistema �nico de Sa�de (SUS), todo paciente precisa passar, antes, por uma triagem, que ser� feita em uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA). Em Santa Luzia, entretanto, a �nica UPA dispon�vel est� localizada no distrito de S�o Benedito, a quase 10 quil�metros do Centro. � preciso atravessar as ruas estreitas da cidade hist�rica para que o doente seja atendido no Hospital Municipal Madalena Calixto, na mesma regi�o central. A dist�ncia – que acaba matando os doentes muito graves – � uma das raz�es para as 225 mortes ocorridas entre mar�o e setembro do ano passado, que est�o sendo investigadas pelo Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG), conforme noticiou o jornal Estado de Minas na edi��o de anteontem.

A triagem dos pacientes urgentes ficou ainda mais prejudicada com o fim da parceria entre o hospital filantr�pico Jo�o de Deus, localizado no Centro, desde que a administra��o municipal se negou a renovar o conv�nio com a unidade de sa�de.

Na portaria da UPA, os relatos de demora nas transfer�ncias para hospitais mais pr�ximos s�o in�meros. “� uma carnificina. A av� do meu esposo, de 74 anos, quebrou a perna em dois lugares e ficou tr�s dias aguardando vaga”, afirmou uma mulher, que ontem tentava internar o tio havia dois dias, com quadro de cirrose. “Cheguei enfartando aqui, por volta das 5h. Parecia que tinha um elefante no meu peito. Eles me estabilizaram at� chegar ao hospital. S� fui transferido �s 19h”, revela o supervisor de log�stica Lourival Louren�o, de 37, que demorou nada menos de 14h para ser atendido.

A Prefeitura Municipal admite o gargalo da triagem no sistema de sa�de de Santa Luzia, que poderia ser corrigido com a renova��o do conv�nio com o hospital filantr�pico ou com a constru��o de uma segunda Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), na regi�o Central. A administra��o contesta o n�mero de mortos divulgados pelo MP, que cairiam para menos de 189 �bitos se os c�lculos fossem refeitos um a um. Na lista da promotoria, teriam sido inclu�dos casos de atropelamentos e de atingidos por balas perdidas, que j� chegam mortos nas ambul�ncias, mas s�o contabilizados inicialmente como sendo transfer�ncia.

O n�mero de �bitos na UPA no per�odo analisado foi levantado pelo Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Sa�de do MP, coordenado pelo promotor Gilmar de Assis, que estava ontem em reuni�o no Minist�rio da Sa�de, em Bras�lia. A estat�stica levou em considera��o os termos das declara��es de �bito, mas as causas n�o foram informadas. As investiga��es prosseguem na esfera c�vel, mas o inqu�rito policial foi encerrado com a morte do prefeito de Santa Luzia Carlos Alberto Calixto, em 6 de janeiro �ltimo, v�tima de aneurisma. A vice-prefeita, Roseli Pimentel, que assumiu o mandato, n�o teria sido notificada pelo MP, segundo informou a assessoria de imprensa.


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