
No fim do ano passado, a BHTrans tamb�m testou um modelo maior, usado nas linhas convencionais da cidade. O prefeito Marcio Lacerda deu uma volta no novo modelo e aprovou a novidade, apesar de n�o dar nenhum prazo para que os ve�culos que n�o emitem poluentes de forma direta se tornem realidade no sistema de transporte p�blico de Belo Horizonte.
O modelo el�trico para micro-�nibus segue os mesmos padr�es do convencional. Ele tem um motor acoplado em cada roda traseira e possui uma autonomia de 240 quil�metros, sendo que precisa de duas a tr�s horas de recarga do conjunto de baterias. O barulho praticamente n�o existe, j� que, al�m dos motores serem na parte de tr�s, o c�mbio tamb�m � autom�tico e o �nibus tem ar acondicionado.
Veja v�deo com o interior do coletivo:
O motorista Jaercio Fernandes, 35 anos, diz que a diminui��o do barulho melhora o desempenho do condutor. “Voc� chega em casa muito mais descansado”, afirma.
O representante da empresa chinesa BYD, que fabrica os modelos el�tricos, Silvestre de Sousa, diz que ainda est� formatando os estudos econ�micos sobre a inser��o do ve�culo el�trico no sistema convencional para serem apresentados � BHTrans. Ele destaca que, apesar do custo desse modelo ser duas vezes maior em compara��o aos �nibus movidos a diesel, o gasto com cada quil�metro rodado no diesel viabiliza a opera��o de at� cinco quil�metros com o coletivo el�trico.
Por�m, ele acredita que o poder p�blico tem que se mexer para que o novo sistema se torne realidade “Achar que vamos conseguir implantar a nova tecnologia de uma forma natural partindo dos empres�rios pode demorar o processo. Para que aconte�a uma acelera��o, precisamos ter vontade pol�tica”, afirma.
Segundo o prefeito Marcio Lacerda, existe um obst�culo maior nas linhas convencionais por conta da realidade das empresas, barreira mais f�cil de ser superada no suplementar, onde os motoristas s�o donos dos coletivos. “A grande dificuldades das empresas para aquisi��o desses �nibus � toda uma mudan�a de cultura de opera��o, principalmente de manuten��o. Porque j� tem seus mec�nicos, j� tem seu estoque de pe�as, tem o conhecimento, sabem de todos os detalhes das dificuldades do �nibus diesel. No caso do suplementar, se a empresa oferecer um sistema central de manuten��o, para que os operadores n�o tenham que se preocupar com estoque de pe�as, eu penso que seria mais vi�vel a introdu��o no suplementar do que nas grandes empresas”, afirma Lacerda.
