
Mariana, Barra Longa, Naque, Governador Valadares, Resplendor e Linhares (ES) - Um ano se passou, a �gua baixou, o barro secou, o socorro n�o veio, a recupera��o n�o veio, a despolui��o n�o veio. E agora? A tenta��o de completar a pergunta apenas com o "Jos�", do poema de Carlos Drummond de Andrade, deixaria de fora uma multid�o de Marias, Ant�nios, Geraldos, Sandras, Robertos, Carlos, N�veas, Le�nidas... enfim, toda uma popula��o assolada pela lama de rejeitos de min�rio de ferro despejada pelo rompimento da Barragem do Fund�o, em Mariana, que ainda � atormentada pela incerteza de algum dia retomar seus antigos h�bitos e meios de subsist�ncia.
No s�bado, a maior trag�dia socioambiental brasileira chega ao marco de 12 meses, e a onda que provocou 19 mortes ao invadir os rios Gualaxo do Norte, do Carmo e Doce at� chegar ao mar ainda � um tormento presente. Para mostrar a mancha deixada nas vidas de quem teve o infort�nio de estar no caminho do tsunami, o Estado de Minas refez o trajeto do desastre e revela como os dramas de 10 pessoas afetadas, entre Minas Gerais e o Esp�rito Santo, personificam os la�os comunit�rios rompidos, a cultura e a mem�ria devastadas e os ecossistemas dizimados pelo vagalh�o de restos da mineradora Samarco.
Ao longo dos pr�ximos dias, o EM vai mostrar as hist�rias das v�timas da trag�dia por meio de um hotsite com edi��o ampliada que traz v�deos e um mapa interativo.