
A data exata da constru��o do templo � ignorada por documentos oficiais, mas h� relatos de que foi erguido entre 1750 e 1778. “� um patrim�nio hist�rico para o nosso munic�pio. Temos de preserv�-lo”, refor�ou o chofer, acrescentando que foi no sop� do morro do Ros�rio que surgiram as primeiras constru��es de Ita�na.
A reforma est� estimada em R$ 800 mil e boa parte foi custeada por meio de um conv�nio entre a prefeitura, a Associa��o Sete Guardas (representante da par�quia) e o Instituto Yara Tupynamb�. Mas o recurso repassado pelo munic�pio n�o foi suficiente para bancar a obra. Foi ent�o que a comunidade e empresas da regi�o fizeram doa��es.
O dinheiro deu nova roupagem aos tr�s altares em madeira. “Fizemos tamb�m a raspagem e a limpeza do piso. Na parte externa, a pintura (branco e azul). A capela tem estilo barroco com o rococ�”, informou Francis Morais, um dos arquitetos envolvidos na obra.
O templo manteve status de matriz do munic�pio at� 1853, sob a invoca��o de Sant’Ana, av� de Jesus e padroeira do munic�pio, cujo nome j� foi Sant’Ana do S�o Jo�o Acima. Por decis�o do vig�rio da �poca, a matriz foi transferida para outra igreja, na pra�a principal. J� a antiga constru��o passou � invoca��o de Nossa Senhora do Ros�rio.

A igrejinha � palco da maior festa folcl�rica da cidade. Todo 15 de agosto, o congado faz do local uma grande festa. O tradicional reinado re�ne mais de uma dezena de guardas de Congo, Mo�ambique, entre outras. “� uma festa bonita de se ver”, conta Tarc�sio, o taxista que sempre pede a b�n��o da santa quando passa em frente � capela.
SANTA CRUZ
Outra igrejinha est� em reforma na cidade. “Fica naquele alto, do outro lado da rodovia (MG-050)”, apontou o taxista devoto. Ele se refere � capela em homenagem a Nosso Senhor do Bonfim, outro cart�o-postal do Centro-Oeste mineiro.
O templo foi danificado por labaredas na madrugada de 16 de outubro de 2014, mesma �poca em que o do Ros�rio foi fechado por falta de manuten��o. O Corpo de Bombeiros gastou 10 mil litros de �gua e quase quatro horas para eliminar as chamas.
O telhado e o piso foram engolidos rapidamente pelo fogo. As paredes tamb�m ficaram comprometidas. Moradores avaliam que o inc�ndio foi criminoso, pois n�o houve registro de fogo na mata ao redor. A Pol�cia Civil instaurou inqu�rito para apurar o caso.
A reforma, or�ada em quase R$ 310 mil, come�ou no fim de outubro e deve ser conclu�da no in�cio de 2017. A Nosso Senhor do Bonfim foi erguida em 1853, no antigo morro da Santa Cruz, por um fazendeiro da regi�o. Todo 3 de maio ocorre grande peregrina��o de fi�is ao local. O sino pendurado na parte externa d� um charme � igrejinha.
Um fiel que preferiu n�o revelar o nome comemora a obra e faz um apelo: “Tomara que os v�ndalos n�o voltem a prejudicar a capela. N�o a pichem, como ocorre nas constru��es que fazem parte do santu�rio”.