
Nas apresenta��es de ontem, centenas de pessoas acompanharam de perto as manifesta��es dos grupos culturais. “� uma tradi��o que nos leva de volta �s ra�zes. Vim com minha mulher, meus filhos e sogra e parece que estou de volta ao passado, em Itabira, quando tinha a Folia de Reis na casa de minha av�”, disse Ilton Costa, de 57 anos. Ele destacou a import�ncia de seus filhos, uma menina de 7 e um menino de 1 ano e 9 meses, terem acesso � tradi��o festeira que marca as origens de sua fam�lia.
A radialista Yolanda Assun��o, de 26, falou da import�ncia do evento na Pra�a da Liberdade. “Acho relevante que essa manifesta��o da tradi��o mineira, t�o festejada no interior, venha tamb�m para a capital, nesse grande centro urbano”, assinalou. O aposentado Fernando Garcia, de 67, disse que voltou no tempo. “Era festeiro em minha cidade. Quando soube das apresenta��es aqui, foi uma grande oportunidade de reviver essa ato de f� e tradi��o”, pontuou.

FORTE PRESEN�A De acordo com a pesquisa que resultou no t�tulo de patrim�nio da folia, h� no estado 50 tipos de devo��o. Uberaba, no Tri�ngulo Mineiro, � o que mais tem grupos cadastrados. Em seguida, vem Jo�o Pinheiro, na Regi�o Noroeste do estado, com 34. Dos 1.255 grupos que realizaram o cadastro, 883 se declararam devotos aos Santos Reis, 255 a S�o Sebasti�o, 193 ao Menino Jesus e 130 ao Divino Esp�rito Santo. Para a presidente do Iepha-MG, Michele Arroyo, a condi��o de patrim�nio imaterial vai criar um di�logo maior entre as comunidades, de forma a verificar as necessidades de cada uma, que podem ser de recursos, de roupas, instrumentos ou transporte.
Para Angelo Oswaldo, secret�rio de estado de Cultura de Minas Gerais e presidente do Conep, o estado cumpre com o seu papel ao investir em pesquisas que resultam no reconhecimento de manifesta��o cultural t�o presente na vida dos mineiros. “Os reizados representam uma das parcelas mais ricas do patrim�nio cultural mineiro”.
Al�m das folias de Minas, outros tr�s bens culturais j� foram reconhecidos como patrim�nio imaterial do estado. Em 2004, foi o modo artesanal de fazer o queijo da regi�o do Serro. Em seguida, em 2013, foi a festa de Nossa Senhora do Ros�rio dos Homens Pretos, de Chapada do Norte, que ganhou o reconhecimento. Por �ltimo, a Comunidade dos Arturos recebeu o t�tulo em 2014.