Algu�m me disse que o posto de sa�de abriria �s 8h. Pensei ent�o que, se chegasse �s 7h, ficaria entre os primeiros e conseguiria ser vacinado contra a febre amarela at� as 8h30. Mas, por volta das 7h10, quando cheguei ao Centro de Sa�de Oswaldo Cruz, no Barro Preto, fui surpreendido por uma fila de 40 pessoas. Em poucos minutos eram mais de 100. Outra surpresa: a imuniza��o s� come�aria �s 9h. E uma terceira: a fila era apenas para cadastro na unidade. Depois disso – a� sim – entraria na bendita fila da vacina��o.
Depois de tr�s horas de espera, a paci�ncia por um fio, nem m�es com crian�a de colo, idosos e portadores de defici�ncia escapavam das l�nguas afiadas. O problema � que era atendida uma pessoa da fila de prioridade a cada tr�s atendimentos normais, mas volta e meia algu�m reclamava que os priorit�rios estavam passando na frente. “Se soubesse que ia ser assim, trazia meu sobrinho pequeno para vacinar”, resmungava uma mulher dois lugares � minha frente.
Apesar de se mostrarem prestativos, os funcion�rios do Oswaldo Cruz j� acusam o golpe de receber, de uma hora para outra, centenas de pessoas � procura de vacina. Ontem, no Barro Preto, apenas dois atendentes faziam cadastro e s� uma equipe aplicava a vacina. “Estamos no limite”, reclamou uma funcion�ria. O centro de sa�de aguarda a chegada de refor�o para melhorar o atendimento, mas ningu�m sabe quando isso vai ocorrer.
Uma sugest�o para quem pretende enfrentar a fila da vacina: leve uma garrafinha de �gua, se poss�vel um lanche, e v� com esp�rito desarmado, sabendo que passar� horas no centro de sa�de, a maior parte do tempo em p�. � isso ou torcer para que a prefeitura coloque em pr�tica o mais r�pido poss�vel o plano de contratar temporariamente atendentes de enfermagem para desafogar os postos. Como disse o pr�prio Kalil durante a campanha para prefeito, a popula��o de BH precisa de carinho. Ainda mais agora, com a febre amarela assombrando a cidade.