
O gerente administrativo Cl�udio Silva Carneiro, de 47 anos, conta que prop�s a instala��o das placas, em companhia do s�ndico do condom�nio em que mora, depois de passar por momentos que considerou “constrangedores” durante a folia de 2016. “O pessoal fez muito xixi, al�m de jogarem muita garrafa de cerveja no jardim de entrada. Teve at� o caso de um casal que se escondeu atr�s de uma das �rvores do pr�dio. Como ficamos sabendo que cerca de 20 mil pessoas passar�o pelo bairro, este ano resolvemos nos prevenir”, contou o morador.
Os cond�minos aprovaram a instala��o de 60 metros de tapume nas duas entradas do edif�cio. Ainda segundo Cl�udio, o custo foi muito baixo para cada apartamento. Depois da provid�ncia, ele conta que percebeu a mobiliza��o em outros pr�dios. “Pelo menos dois v�o instalar a mesma prote��o. Inclusive, um deles me pediu o telefone da empresa”, disse Carneiro.
A moradora Edneia Martins, de 40, aprovou a prote��o na fachada. “Acho muito bom, mas, se as pessoas fossem educadas, isso n�o seria necess�rio”, afirma. Mesmo assim, ela conta que gosta muito do carnaval da regi�o. “Adoro. Inclusive, levo minhas filhas pequenas.” Mas a opini�o n�o � consenso. Apesar da solu��o encontrada para o condom�nio, o gerente administrativo Cl�udio entende que bairros residenciais n�o t�m estrutura para receber tantos foli�es. “Se forem mesmo 20 mil pessoas, como fomos informados, � melhor levar para uma avenida grande”, afirma. Ele ainda conta que, para o ano que vem, o condom�nio deve entrar com uma peti��o na Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para que n�o haja concentra��o de blocos no bairro.

SAGRADA PROTE��O
Nem a Primeira Igreja Presbiteriana, na Rua Cear�, no mesmo bairro, escapou dos transtornos causados por alguns foli�es no ano passado. Por isso, de acordo com o reverendo Edson Costa Silva, a instala��o de tapumes diante do templo come�ou no in�cio desta semana e deve terminar hoje. “Decidimos instalar os tapumes por causa do carnaval de 2016, j� que tivemos alguns acontecimentos desagrad�veis, como pessoas usando paredes do im�vel como mict�rio e houve at� mesmo picha��es na entrada. Queremos preservar a nossa igreja”, conta.
Ele acrescenta que decidiu suspender a programa��o religiosa no templo at� ter�a-feira, por causa da intensa movimenta��o e tamb�m devido ao barulho. “O som alto em si j� deixa as celebra��es invi�veis”, afirma. O reverendo afirma ainda que se trata de instala��o experimental e afirma que, na noite de quarta-feira, durante o desfile do Bloco Chama o S�ndico, n�o houve registro de transtornos.