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Estado de Minas

Moradores lutam contra demoli��o de igreja em Esmeraldas

A derrubada do im�vel foi determinada pela Justi�a em processo de reintegra��o de posse


postado em 06/03/2017 20:45 / atualizado em 06/03/2017 22:13

Moradores em ato contra a demolição em frente à igreja(foto: Ilza Helena Silva/Divulgação)
Moradores em ato contra a demoli��o em frente � igreja (foto: Ilza Helena Silva/Divulga��o)
Moradores do Bairro Serra Verde formam comiss�o contra decis�o do Tribunal de Justi�a de Minas Gerais que concedeu reintegra��o de posse do terreno onde fica a Igreja de Nossa Senhora Aparecida a uma imobili�ria, no m�s passado. Na a��o, determinou-se que a igreja, constru�da pela comunidade da regi�o, seja demolida e o terreno limpado em at� 30 dias. A Arquidiocese de Belo Horizonte, representante jur�dico da par�quia, j� entrou com recurso para reverter a senten�a inicial.

O processo de reintegra��o de posse foi movido por um dono de imobili�ria de Contagem, na Grande BH, que alega ter a escritura do terreno. Assim como o homem, a arquidiocese tamb�m afirmou ter os documentos, j� anexados ao processo, que legitimam a doa��o do terreno pelo seu antigo dono, o fazendeiro Valdemiro Muniz, em 1994, mesmo ano em que come�aram as edifica��es da capela.

Constru�da h� 25 anos, a Igreja de Nossa Senhora Aparecida foi erguida por moradores do bairro que careciam de um espa�o cat�lico ali, como conta Ilza Helena Silva, de 46 anos, recepcionista e uma das integrantes da comiss�o "Diga N�o � Demoli��o". "Para n�s, este lugar � tudo. Perder este terreno � perder o ch�o. Erguemos a igreja com muita luta e batalha, buscando dinheiro de casa em casa", relembra Ilza.

A igreja foi construída pela comunidade do Bairro Serra Verde, em Esmeraldas(foto: Ilza Helena Silva/Divulgação)
A igreja foi constru�da pela comunidade do Bairro Serra Verde, em Esmeraldas (foto: Ilza Helena Silva/Divulga��o)
Os materiais para construir um muro ao lado da igreja foram doados e quando a comunidade ia colocar a obra em a��o, chegou a not�cia da reintegra��o de posse definida em primeira inst�ncia pelo TJMG. O p�roco da igreja, o portugu�s Joaquim Fonseca, de 61, contou que embora trabalhe h� menos de um ano no lugar, percebe o carinho dos moradores do bairros pelo espa�o.

"Aqui n�o � s� uma capelinha. O Serra Verde � um bairro grande e muito vivo culturalmente. A comunidade � animada e at� os que n�o s�o fi�is usam os sal�es, salas e o terreno � volta para trabalhos sociais, festas, ponto de encontro e mais", explicou o p�roco. Entre os trabalhos, destacam-se as oficinas de pintura e as aulas de alfabetiza��o infantil, que atendem o p�blico da regi�o de modo amplo.

Ali, durante dois anos, funcionou um posto de sa�de, que mais tarde foi transferido para outro im�vel tamb�m no bairro, segundo Ilza. "Para al�m do valor cat�lico, h� um valor soial. Seria tr�gica a perda. A comunidade est� reagindo de maneira firme e n�s vamos ocupar a igreja, impedindo que a derrubada ocorra", acrescentou o padre.

RB


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