Mulheres gr�vidas andando feito zumbis entre os carros, totalmente alheias ao meio urbano e, muitas vezes, � nova vida que carregam no ventre. Crian�as ainda beb�s sozinhas, longe do olhar vigilante dos pais e sem um futuro para trilhar. � duro, sofrido e perigoso o dia a dia de centenas de gestantes, m�es, meninos e meninas que transitam pelas ruas de Belo Horizonte, v�timas das drogas, especialmente o crack, e do �lcool em doses al�m da conta. Para dar um basta nesta situa��o e buscar um caminho seguro, a presidente do Servi�o Volunt�rio de Assist�ncia Social (Servas), Carolina Pimentel, mulher do governador Fernando Pimentel, e a mulher do prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil, Ana Laender, que estar� � frente da Associa��o Municipal de Assist�ncia Social (Amas), se reuniram ontem com o promotor de Justi�a de Defesa da Crian�a e do Adolescente, Celso Penna Fernandes J�nior, para encarar o problema e formatar pol�ticas p�blicas. “Foi um bom come�o para atender essas mulheres e �s crian�as, que est�o em risco constante”, disse o promotor de Justi�a.
“Esta � a primeira em que h� preocupa��o para resolver o problema ou mitigar essa situa��o. Essas pessoas, nas ruas, muitas vezes vivem como se fossem em guetos. Conforme a Constitui��o, a crian�a e o adolescente s�o prioridade absoluta”, disse o promotor de Justi�a. As primeiras-damas estiveram acompanhadas de representantes de secretarias municipais e estaduais que atuam na �rea de assist�ncia e desenvolvimento social.
Ana Laender disse que est� empenhada em resolver a quest�o, adiantando que essa ser� sua grande preocupa��o e prioridade na gest�o de Alexandre Kalil. J� Carolina Pimentel informou que a unidade especial aberta em Belo Horizonte para acolher crian�as de at� um ano de idade filhas de dependentes qu�micas encaminhadas a abrigos j� come�ou a trabalhar “dentro de um modelo em que as m�es passam o dia com seus filhos.” Ela lembrou que a ideia � tentar ampliar a acolhida para garantir a proximidade entre m�e e filho, “pavimentando uma via de retorno ao conv�cio social”, e destacou que, para isso, “ser� preciso articular uma retaguarda do estado. “Iniciamos as conversas para tentar resolver este problema complexo, que precisa ser pensado de modo sist�mico, mas ainda h� muito a caminhar”, explicou. (GW)