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Estado de Minas

Ambulantes organizam manifesta��o contra retirada de suas barracas do centro

Vendedores prometem resistir a tentativa de retirada e dizem que proposta da PBH de lev�-los para um shopping popular � invi�vel por causa do aluguel


postado em 02/07/2017 06:00 / atualizado em 02/07/2017 09:00

Na imin�ncia de serem expulsos do Centro de Belo Horizonte pelos fiscais da prefeitura, camel�s e vendedores ambulantes fizeram um desabafo no primeiro dia depois do t�rmino do prazo para que deixassem o local, a partir do qual a fiscaliza��o prometia agir de forma rigorosa para apreender as mercadorias.

Sem acreditar nas perspectivas de realoca��o apresentadas pela PBH, eles disseram � reportagem do Estado de Minas que pretendem resistir �s a��es fiscais, pois garantem que n�o v�o conseguir se manter em shoppings populares e prometem uma manifesta��o amanh�, na Pra�a Sete, contra a retirada.

Depois de notificar os vendedores e avisar que eles teriam at� o fim de junho para deixarem de expor suas mercadorias nas ruas e avenidas do Centro, a expectativa ontem era que os fiscais estivessem em a��o nas esquinas, amparados por policiais militares e guardas municipais, confiscando os produtos vendidos nas bancas montadas nas cal�adas, mas isso n�o aconteceu. Em nota, a prefeitura informou que optou por manter ontem a distribui��o de comunicados de advert�ncia aos camel�s, a��o intensificada na semana passada.

A montagem de bancas, caixas, arma��es e demais expedientes usados pelos camel�s para mostrar e vender seus produtos come�ou por volta das 8h30. Uma das �reas mais visadas, os quarteir�es das ruas S�o Paulo, Carij�s e Curitiba entre a Pra�a Sete e a Avenida Paran�, aos poucos foi recebendo os vendedores como � de costume, mas a presen�a dos carros de ve�culos de reportagem deixava todos tensos.

Muito preocupada com a situa��o, Neiva Pimentel, de 51 anos, h� 28 como camel�, disse que a categoria n�o vai aceitar uma remo��o for�ada. “Eu conhe�o o C�digo de Posturas e sei que n�s n�o podemos ficar na rua sem autoriza��o. Mas por que n�o nos levam para outros lugares do Centro, como a Pra�a da Rodovi�ria? Vamos ficar desempregados? Basta conversar com os camel�s para saber que a maioria � trabalhadora, que est� aqui para sustentar a fam�lia. Precisamos que algu�m entenda isso e nos d� uma oportunidade”, desabafa.

Entre as medidas apresentadas pela PBH para absorver a demanda gerada pela retirada dos vendedores das ruas est� a disponibiliza��o de vagas no Shopping Popular Caet�s – a cargo da administra��o p�blica – e tamb�m em shoppings populares privados, al�m de espa�os em feiras livres e regionais. “Em 2004, a prefeitura nos colocou no Oiapoque, que era um shopping popular, mas um ano depois virou shopping privado e come�aram a nos pressionar, aumentando o pre�o do aluguel. Fiquei 12 anos e sa� com d�vidas. Na verdade, n�s camel�s somos todos pessoas quebradas financeiramente e s� queremos sobreviver”, acrescenta Neiva, que comercializa brinquedos.

Acostumado a vender 10 pacotes de cigarros por dia, Pedro Henrique Rodrigues da Silva, de 25, chegou ontem � esquina das ruas Carij�s e Curitiba bastante preocupado. “Esta situa��o � muito complicada, porque n�o temos condi��o de pagar aluguel e eu n�o encontro emprego com carteira assinada. Se perdermos a mercadoria, o dinheiro vai embora”, afirma.

Ivanildo Barbosa, de 37, que tamb�m vende brinquedos, trabalhou como vendedor no Shopping Xavantes e saiu quando pagava, segundo ele, R$ 1,1 mil de aluguel e R$ 400 de condom�nio. O camel� explica que a press�o � muito grande, pois outras pessoas ficam na fila aguardando a sa�da daqueles que n�o conseguem quitar o aluguel.

“Se formos levados novamente para os shoppings, como vamos pagar um aluguel t�o alto?”, questiona o vendedor, que afirma que a categoria deve organizar uma manifesta��o amanh� na Pra�a Sete contra a decis�o da prefeitura.

ADVERT�NCIA

Em nota, a PBH informou que a fiscaliza��o foi intensificada na semana passada com a distribui��o de comunicados de advert�ncia aos camel�s, a��o que continuou ontem. Tamb�m na semana passada, a PBH atendeu 1,5 mil camel�s, entre cadastrados e n�o cadastrados, com oferta de oportunidades de qualifica��o profissional, de empreendedorismo e de inclus�o no mercado formal de trabalho.

Entre as a��es informadas pela PBH est�o a oferta de 669 vagas em cursos de qualifica��o, conhecimento de vagas de trabalho pelo Sine, BH Neg�cios e Economia Popular Solid�ria, al�m de abertura de vagas e espa�os em shoppings populares, privados e feiras livres e regionais.

No caso das vagas no Shopping Caet�s, a prefeitura informou que o pre�o do aluguel seria controlado pelo munic�pio a baixo custo. A inser��o nos shoppings particulares tamb�m se dar� a pre�os populares, de acordo com a PBH.


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