H� presen�a ostensiva de fiscais da PBH, agentes da BHTrans, guardas municipais e tamb�m servidores de apoio. Os fiscais vestem coletes pretos e os de apoio, coletes azuis. As equipes ocupam prioritariamente as esquinas das ruas S�o Paulo, Carij�s e Curitiba, que t�m a maior concentra��o de camel�s e ambulantes.
O ponto base da for�a-tarefa fica na esquina das ruas S�o Paulo e Carij�s, mas os agentes percorrem toda a regi�o. As a��es ser�o da seguinte forma: primeiro, haver� a orienta��o. Caso um camel� seja flagrando montando sua estrutura para venda, ele ser� orientado para que n�o fique no local, pois isso infringe o C�digo de Posturas. Se ele insistir na montagem, os produtos ser�o apreendidos. Para isso, h� uma estrutura armada para a remo��o da mercadoria.


Ao percorrer a regi�o nesta manh�, a reportagem do EM constatou que a presen�a ostensiva dos fiscais inibiu os camel�s, mas alguns vendedores de cigarros permaneciam nas esquinas desafiando a fiscaliza��o. Havia pelo menos tr�s caixotes montados pelos ambulantes nas ruas dos Guaranis e Tupinamb�s. Como estrat�gia para dificultar a identifica��o, os vendedores ilegais ficam afastados das bancas e s� se aproximam quando algum poss�vel cliente chega.
Pela proposta da PBH, os 1.137 ambulantes identificados nessa regi�o da cidade ser�o realocados em shoppings populares p�blico e particulares e feiras de seguran�a alimentar. Passar�o ainda por cursos de capacita��o e podem ter subs�dio do poder p�blico para se instalar definitivamente nos centros comerciais – caso projeto nesse sentido seja aprovado pela C�mara Municipal. O decreto que institui o Plano de A��o para o Hipercentro de BH foi assinado no in�cio da semana passada pelo prefeito Alexandre Kalil.

V�rios camel�s, entre eles, cadeirantes, se posicionaram na esquina da S�o Paulo com a Carij�s ap�s serem informados sobre a proibi��o do com�rcio no local hoje. Cheila Cristina Ribeiro de Almeida, de 25 anos, que trabalha como camel� h� 10 anos, estava indignada. Ela vende acess�rios para celular. “Tem muito ladr�o a� que t� batendo a m�o no peito das pessoas e roubando cord�o, abrindo bolsa no meio da rua, roubando celular. E camel� n�o, camel� t� aqui, t� trabalhando”, reclama. “N�o tem emprego, gente. Todo mundo t� vendo a crise que o Brasil t�. � um absurdo a gente chegar pra trabalhar e n�o poder trabalhar”.

A ambulante diz que tem um filho de 2 anos, paga aluguel e que, com o com�rcio, consegue entre R$ 50 a R$ 100 por dia. Por conta disso, Cheila diz que vai resistir � restri��o. “N�o monto banca, mas continuo trabalhando. Vou vender na m�o, vou continuar trabalhando. Porque eu n�o vou ver meu filho passar fome. Vou fazer o qu�? Vou voltar pra casa sem nenhum centavo, com a geladeira vazia e o arm�rio vazio? N�o. Isso a� n�o vai acontecer, n�o”, enfatiza.
