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Estado de Minas

Grafites nas laterais de quatro pr�dios do Centro de BH come�am a ganhar forma

Mascotes do Atl�tico e do Cruzeiro, o galo e a raposa travam uma batalha na lateral do Edif�cio Sat�lite, o mais comentado dos quatro murais que ganham forma no Centro de BH


postado em 03/08/2017 06:00 / atualizado em 03/08/2017 07:41

Edifício Rio Tapajós (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Edif�cio Rio Tapaj�s (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Muralistas convocados para transformar o horizonte urbano da capital mineira em uma galeria a c�u aberto provocam admira��o de quem transita pelo Hipercentro da cidade a cada pincelada rumo ao fim das obras de arte de propor��es gigantescas. Depois de oito dias seguidos trabalhando nas alturas, os murais elaborados por um grupo renomado de artistas deslocam o olhar de quem passa das telas do celular para cima, mirando a explos�o de cores no topo dos pr�dios. Os temas v�o al�m da pl�stica, promovendo reflex�es acerca da visibilidade da mulher negra, do realismo fant�stico, elementos nacionais e duas figuras emblem�ticas para os mineiros, o galo e a raposa. As empenas, como s�o chamadas as laterais dos pr�dios, est�o sendo grafitadas para o Circuito Urbano de Arte (Cura) e devem ficar prontas no domingo.

O mural mais comentado nas ruas e nas redes sociais at� agora � o que retrata as imagens dos mascotes do Clube Atl�tico Mineiro e do Cruzeiro, o galo e a raposa, no Edif�cio Sat�lite. Uns especulam que o galo est� por cima porque o artista torce para o Galo, outros dizem que a raposa est� partindo pro ataque e vai ganhar. “O galo est� por cima porque � uma ave, portanto voa. Escolhi assim porque o espa�o � vertical e por isso n�o consegui coloc�-los frente a frente”, contou o respons�vel pela obra, Thiago Mazza. “Quando participei de um festival na R�ssia, cujo tema era lendas e mitos,  tomei conhecimento do conto russo da raposa e do galo, que conta a eterna rivalidade entre os animais. Da� comecei a desenhar os dois bichos e s� depois de um tempo caiu a ficha e me lembrei do Atl�tico e Cruzeiro. Guardei o projeto e decidi que o faria como homenagem na minha cidade natal, Belo Horizonte”, contou Thiago.


Mazza ainda explicou a din�mica da posi��o dos elementos no mural: “Eu os coloquei em posi��o de ying e yang, positivo e negativo, para representar o equil�brio entre a raposa e o galo. Por causa da rivalidade natural dos dois, um n�o vive sem o outro”. Despertando coment�rios e olhares, o artista conta que embaixo do pr�dio h� sempre movimento, pois a toda hora um para, chama outro pra ver, faz piadas e tira fotos. H� quatro dias do fim do projeto, Mazza agora focar� no contraste entre claro e escuro e continuar� a florear e dar detalhes ao quadro de 400 m².

Outro trabalho que abusa de detalhes e contrates � a tela da muralista Priscila Amoni. Pintando uma mulher de pele escura, de corpo inteiro, no Edif�cio Hotel Rio Jord�o, Priscila contou que queria retratar o poder feminino, principalmente o das negras, que para ela, s�o as mais prejudicadas socialmente. No desenho, as plantas carregadas nas m�os e na cabe�a da mulher s�o os desejos da artista para a cidade: “a dracena representa for�a, o alecrim, a alegria, a lavanda, calma, e a maranta, beleza. Pra mim, a pintura � uma forma de ora��o, uma forma de amor”.

SABORES MINEIROS Pela primeira vez em Belo Horizonte, o coletivo Acidum Project, de Fortaleza, no Cear�, formado por Robezio Marques e Tereza DeQuinta, se inspirou em aspectos da cidade como sons, sabores, ideias e cores, para incorporar seu mural, no Edif�cio Rio Tapaj�s, de maneira org�nica � paisagem da metr�pole. “Amamos o feij�o-tropeiro e o p�o de queijo, temos comido muito bem aqui. Fora a grande hospitalidade mineiro, que nos faz nos sentir em casa, pois lembra muito o jeito de acolher do cearense”, disse Tereza. Ainda sobre as refer�ncias, segundo Robezio, tamb�m misturaram o Norte do pa�s na pintura que abrange a maior tela do Cura. “A constru��o do desenho foi espont�nea. Pesquisamos coisas sobre BH, vimos os desenho do artista franc�s que pintou murais por aqui na d�cada de 1980. Trouxemos o surrealismo em figuras fant�sticas e o abstrato”.

A dupla ainda promete mais coisas: “At� agora trabalhamos a base, na reta final, vir� detalhes em est�ncil e padronagens. Entre os dois personagens que est�o conversando no mural, vir� outro. E da boca deles sair� mais personagens”. Tereza assume o desafio e revela que esta � uma das maiores empenas grafitada pelos dois durante os 11 anos que trabalham juntos pintando.

Edifício Satélite(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Edif�cio Sat�lite (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)


DIRETO DA ESPANHA De fora do pa�s, vinda do mediterr�neo europeu, a muralista Marina Capdevilla � a quarta e �ltima artista a rasgar a paisagem belo-horizontina pintando, no Ed�cio Trianon, elementos tipicamente nacionais como cocar ind�gena; o instrumento que d� ritmo ao samba, o pandeiro; uma m�scara de Carnaval e o chap�u da pequena not�vel, Carmen Miranda, que na verdade � cidad� portuguesa. Assim como os outros tr�s, suas cores s�o fortes e trazem os tons da bandeira o verde e o amarelo, com um toque de vermelho. * Estagi�ria sob supervis�o do editor Andr� Garcia
Edifício Hotel Rio Jordão(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Edif�cio Hotel Rio Jord�o (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)

Edifício Trianon(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Edif�cio Trianon (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)


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