
Moradores de comunidades mineiras e do Esp�rito Santo que foram atingidas pelo rompimento da Barragem de Fund�o, em Mariana, na Regi�o Central de Minas Gerais, fazem um protesto nesta segunda-feira em frente � Justi�a Federal, no Bairro Santo Agostinho, Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte. O grupo, junto com o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), manifesta contra a decis�o que suspendeu o processo criminal contra funcion�rios e diretores da Samarco e suas controladoras – Vale e BHP Billiton – e da empresa VogBR.
Por meio de nota, o MAB afirmou que as empresas est�o sendo beneficiadas pela Justi�a. “A avalanche de rejeitos de min�rio que desceu para Bacia do Rio Doce deixou cidades com abastecimento interrompido, centenas de trabalhadores sem emprego, provocou o surgimento de doen�as provindas do consumo da �gua contaminada e matou diversas esp�cies de peixes”, disse. A Samarco n�o quis comentar o protesto.
O processo foi suspenso pela Justi�a Federal em Ponte Nova, na Zona da Mata, na �ltima semana, para an�lise da alega��o da defesa de Ricardo Vescovi (presidente licenciado da Samarco) sobre suposto uso de prova il�cita na a��o penal. O advogado dele questionou escutas telef�nicas que teriam sido feitas fora do per�odo determinado pela Justi�a.
Diante do questionamento, a Pol�cia Federal (PF) protocolou um of�cio informando que n�o houve irregularidades nas escutas telef�nicas feitas no inqu�rito criminal que resultou no indiciamento de dois diretores da Mineradora Samarco e mais 19 r�us. De acordo com o delegado Roger Lima de Moura, respons�vel pela investiga��o, “n�o houve qualquer intercepta��o telef�nica da Pol�cia Federal feita fora do prazo autorizado pela Justi�a”.
O rompimento da Barragem do Fund�o, em Mariana, ocorreu em 5 de novembro de 2015. Dezenove pessoas, entre funcion�rios e prestadores de servi�os da Samarco e moradores de Bento Rodrigues, distrito devastado pela lama, morreram no maior desastre socioambiental da hist�ria do pa�s.
