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Estado de Minas

'Tudo caminha para desaparecer': Como salvar o Rio das Velhas?

Ao longo de seus 850 quil�metros de extens�o, o Rio das Velhas se encontra em estado de pen�ria. Situa��o que se repete em outras regi�es de Minas, onde c�rregos, ribeir�es e riachos est�o secos ou secando


postado em 20/08/2017 06:00 / atualizado em 20/08/2017 08:21

O aposentado Marcos Antônio Diniz contempla com tristeza e agonia a morte do rio perto de Pinhões, em Santa Luzia(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
O aposentado Marcos Ant�nio Diniz contempla com tristeza e agonia a morte do rio perto de Pinh�es, em Santa Luzia (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Todos os dias, ao olhar para o Rio das Velhas, o aposentado Marcos Ant�nio Diniz tem dois sentimentos: tristeza, pela transforma��o de um afluente do Rio S�o Francisco em canal de esgoto, imundo e gosmento; e agonia, pela possibilidade de, no futuro, a �gua secar completamente e deixar � m�ngua milh�es de pessoas que precisam dela para matar a sede, molhar as lavouras ou simplesmente contemplar o recurso natural de 850 quil�metros de extens�o. “Acabou-se tudo. O Rio Vermelho, que des�gua no Velhas, j� est� seco. � uma pena, tudo caminha a passos largos para desaparecer”, diz o morador da comunidade de Pinh�es, em Santa Luzia, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).

O Velhas vai serpenteando ao longo rodovia MG-020 e � imposs�vel n�o acompanhar o estado de pen�ria. A dram�tica situa��o se repete em outras regi�es de Minas e, segundo dirigentes e especialistas de comit�s de bacias hidrogr�ficas, em Minas, de 70% a 80% de c�rregos, ribeir�es e pequenos riachos est�o secos ou secando. “Os rios que eram perenes se tornaram intermitentes (v�o e voltam). E os que eram intermitentes est�o secos”, afirma a ge�grafa Izabel Nogueira, do setor de geoprocessamento do Comit� da Bacia Hidrogr�fica do Rio das Velhas (CBH/Velhas).

Izabel sabe muito bem do que est� falando, pois participou da recente expedi��o “Rio das Velhas que te quero vivo”, promovida pelo Projeto Manuelz�o da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e que percorreu das nascentes na Serra das Andorinhas, em Ouro Preto, na Regi�o Central, at� a foz, em V�rzea da Palma, na Regi�o Norte.

Na quarta-feira, o CBH/Velhas anunciou a ado��o de quatro medidas a serem tomadas pela Copasa, Cemig e empresas mineradoras para preservar a vaz�o do manancial na sua cabeceira e evitar uma situa��o ainda mais cr�tica do rio, j� em estado de aten��o devido �s baixas vaz�es registradas na �ltima semana. A medida de maior destaque, segundo o presidente do comit�, Marcus Vin�cius Polignano, � a redu��o de 15% da capta��o da Copasa no distrito de Hon�rio Bicalho, em Nova Lima, que atende a popula��o da RMBH.

Como a empresa j� tem o costume de aumentar a produ��o no Sistema Paraopeba nos per�odos de maior seca do Velhas, n�o h� risco de desabastecimento, pois a quantidade que deixar de ser produzida no Velhas ser� compensada no Paraopeba.

“Estamos com problemas de degrada��o do Velhas, o maior em extens�o da Bacia do S�o Francisco, n�o s� em Santa Luzia, como tamb�m no M�dio Velhas, que inclui as serras do Cip� e Cabral. Munic�pios como Curvelo, Jequitib� e Sete Lagoas. A estimativa � de 70% de afluentes secos. A situa��o come�a a piorar depois de Raposos, passa por Hon�rio Bicalho, onde h� capta��o de �gua da Copasa, e atravessa a regi�o metropolitana”, diz a ge�grafa.

O quadro ainda n�o � t�o cr�tico quanto em 2015, quando houve racionamento em algumas cidades e medidas restritivas para conter a gastan�a de �gua.

 


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