
O Velhas vai serpenteando ao longo rodovia MG-020 e � imposs�vel n�o acompanhar o estado de pen�ria. A dram�tica situa��o se repete em outras regi�es de Minas e, segundo dirigentes e especialistas de comit�s de bacias hidrogr�ficas, em Minas, de 70% a 80% de c�rregos, ribeir�es e pequenos riachos est�o secos ou secando. “Os rios que eram perenes se tornaram intermitentes (v�o e voltam). E os que eram intermitentes est�o secos”, afirma a ge�grafa Izabel Nogueira, do setor de geoprocessamento do Comit� da Bacia Hidrogr�fica do Rio das Velhas (CBH/Velhas).
Izabel sabe muito bem do que est� falando, pois participou da recente expedi��o “Rio das Velhas que te quero vivo”, promovida pelo Projeto Manuelz�o da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e que percorreu das nascentes na Serra das Andorinhas, em Ouro Preto, na Regi�o Central, at� a foz, em V�rzea da Palma, na Regi�o Norte.
Na quarta-feira, o CBH/Velhas anunciou a ado��o de quatro medidas a serem tomadas pela Copasa, Cemig e empresas mineradoras para preservar a vaz�o do manancial na sua cabeceira e evitar uma situa��o ainda mais cr�tica do rio, j� em estado de aten��o devido �s baixas vaz�es registradas na �ltima semana. A medida de maior destaque, segundo o presidente do comit�, Marcus Vin�cius Polignano, � a redu��o de 15% da capta��o da Copasa no distrito de Hon�rio Bicalho, em Nova Lima, que atende a popula��o da RMBH.
Como a empresa j� tem o costume de aumentar a produ��o no Sistema Paraopeba nos per�odos de maior seca do Velhas, n�o h� risco de desabastecimento, pois a quantidade que deixar de ser produzida no Velhas ser� compensada no Paraopeba.
“Estamos com problemas de degrada��o do Velhas, o maior em extens�o da Bacia do S�o Francisco, n�o s� em Santa Luzia, como tamb�m no M�dio Velhas, que inclui as serras do Cip� e Cabral. Munic�pios como Curvelo, Jequitib� e Sete Lagoas. A estimativa � de 70% de afluentes secos. A situa��o come�a a piorar depois de Raposos, passa por Hon�rio Bicalho, onde h� capta��o de �gua da Copasa, e atravessa a regi�o metropolitana”, diz a ge�grafa.
O quadro ainda n�o � t�o cr�tico quanto em 2015, quando houve racionamento em algumas cidades e medidas restritivas para conter a gastan�a de �gua.