A universidade respondeu ao jornal estar ciente dos poss�veis desvios no programa de a��es afirmativas e informou que vai aperfei�oar o sistema de cotas e investiga den�ncias que foram oficializadas.
O mais inquietante entre a comunidade acad�mica � de um calouro, de 23 anos, que, embora tenha se autodeclarado negro na institui��o, tem cabelos loiros, pele e olhos claros.
Os alunos procurados pela Folha n�o quiseram se manifestar. Uma delas se limitou a dizer: “Prefiro manter minhas concep��es pra mim”, afirmou. Quando o candidato se autodeclara negro, pardo ou �ndio no sistema de cotas da UFMG, concorre a uma vaga dentro desse subgrupo.
As notas de cortes para cotistas s�o at� 28 pontos menores no Exame Nacional do Ensino M�dio (Enem) em rela��o ao da ampla concorr�ncia.
Negra, uma estudante de 25 anos teve que esperar sete meses em lista de espera antes de ser chamada para uma vaga na medicina da UFMG. “Quando voc� v� uma pessoa de pele branca e olhos azuis entrar na sua frente, porque se autodeclarou negra de uma forma absurda, a sensa��o � de extrema revolta”, diz.
A UFMG n�o revela quantas den�ncias sobre fraudes no sistema est�o em an�lise, mas refor�a que, se constatada a irregularidade, o aluno ter� sua matr�cula cancelada. Os trabalhos de investiga��o est�o em fase final.