
Nesta manh�, a Pol�cia Civil esclareceu as circunst�ncias do homic�dio. A delegada Adriana Rosa entendeu que o crime n�o estaria caracterizado como homofobia. Segundo a policial, a motiva��o para a morte de Mirella foi um desacordo comercial. “N�o ficou caracterizado como um crime em raz�o de homofobia. O que o autor alega � que houve um desacordo comercial, n�o tem nada que ele tenha dito sobre avers�o. Ele, inclusive, usava de servi�os sexuais de travestis”, disse.
Durante as investiga��es, Caio C�sar disse que se negou a pagar o valor do programa cobrado por Mirella, que amea�ou chamar a pol�cia para o cliente, na tentativa de receber. “Segundo ele, ap�s a realiza��o do programa, houve um desacordo comercial e a v�tima supostamente iria acionar a PM. Ele (estava) preocupado com a consequ�ncia disso, que seria sua exposi��o com rela��o � companheira dele, que estava gr�vida, no final da gesta��o, e dos amigos dele, que tamb�m teriam ci�ncia de que ele mantinha envolvimento com travestis.”
Segundo a Pol�cia Civil, inicialmente o valor do programa seria de R$ 100, mas, como Caio teria mantido rela��es com Mirella por duas vezes, a travesti cobrou R$ 150. Ap�s se negar a pagar o valor cobrado, o homem atacou a v�tima. “Ele a golpeou com um mata-le�o e a teria asfixiado com esse golpe. Mas a v�tima foi localizada ca�da no quarto dela com uma toalha envolta no pesco�o. Ele n�o explicou essa toalha envolta no pesco�o, mas possivelmente foi usada para finalizar a execu��o da v�tima”, destacou."Ele (estava) preocupado com a consequ�ncia disto, que seria a sua exposi��o com rela��o � companheira dele que estava gr�vida, no final da gesta��o, e dos amigos dele, que tamb�m teriam ci�ncia de que ele mantinha envolvimento com travestis"
Delegada Adriana Rosa, respons�vel pelas investiga��o

O crime
O corpo de Mirella de Carlo foi encontrado por outra travesti, que morava com ela em um apartamento no Bairro Carlos Prates, Noroeste de BH, em fevereiro deste ano. No boletim de ocorr�ncia da PM, consta que a travesti, garota de programa e defensora dos direitos de pessoas trans, foi esganada e tinha sinais de agress�o f�sica pelo corpo. A colega de apartamento relatou � PM que, na noite anterior ao crime, saiu para uma festa por volta da 1h e achou Mirella com semblante triste.
No dia seguinte, a travesti chegou em casa pela manh� e viu a porta do quarto fechada. Quando entrou no c�modo, achou que Mirella ainda estivesse dormindo. Passarem-se sete horas at� ela desconfiar que Mirella ainda estava fechada no quarto, sem fazer barulho. Ela resolveu checar se a companheira de apartamento estava bem e, ao abrir a porta, viu a travesti morta com uma toalha enrolada no pesco�o.