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Estado de Minas

Direitos Humanos quer cancelamento de matr�cula de aluno suspeito de fraudar cotas na UFMG

Secret�rio especial de Pol�ticas de Promo��o de Igualdade Racial afirmou que far� o pedido do cancelamento � UFMG


postado em 26/09/2017 19:08 / atualizado em 26/09/2017 19:17

O secret�rio especial de Pol�ticas de Promo��o de Igualdade Racial, vinculado ao Minist�rio dos Direitos Humanos, Juvenal Ara�jo, disse, na tarde desta ter�a-feira, que deve pedir � Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) o cancelamento da matr�cula de um estudante supostamente envolvido na fraude ao sistema de cotas raciais no acesso ao curso de medicina, que � aluno do primeiro per�odo da gradua��o.

O estudante em quest�o � Vin�cius Loures de Oliveira. O em.com.br fez contato para ouvir o universit�rio sobre o assunto, mas ele se limitou a dizer que os �ltimos dias, desde que foi apontado como umas das pessoas que teriam burlado o sistema de cotas em reportagem do jornal Folha de S. Paulo, t�m sido dif�ceis. Sobre informa��es de que abandonaria o curso, ele n�o negou ou confirmou a inten��o; se limitou a dizer que foi orientado a n�o falar mais sobre o assunto.

A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, tamb�m se manifestou sobre supostos casos de brancos ingressando no ensino superior por meio do sistema de cotas raciais, que beneficia apenas negros, pardos e ind�genas. Luislinda afirma que � importante que existam bancas para verificar os processos. As den�ncias relativas � Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) surgiram a partir de movimentos negros que contestam a entrada de alguns alunos.

O assunto foi mostrado pelo Estado de Minas em abril do ano passado e voltou ao debate neste fim de semana, com reportagem do jornal Folha de S. Paulo. Na Universidade Federal de Uberl�ndia, pelo menos tr�s calouros ingressaram com a��o na Justi�a depois de aprovados em vestibular pr�prio da institui��o para come�ar a estudar neste segundo semestre, mas desclassificados por n�o obedecer aos crit�rios estabelecidos na institui��o para comprova��o de ra�a e etnia. Luislinda Valois, por meio de nota, citou a import�ncia das bancas de verifica��o nos processos seletivos, al�m de incluir cotas nas comiss�es dos concursos. “A ministra ressalta, ainda, que as a��es afirmativas s�o pol�ticas p�blicas implementadas com o objetivo de corrigir desigualdades raciais presentes na sociedade, oferecendo, assim, igualdade de oportunidades a todos”, finaliza o texto.

 O Minist�rio P�blico Federal (MPF) instaurou na segunda-feira procedimento para apurarden�ncias de suposto uso fraudulento de cotas raciais para ingresso no curso de medicina da UFMG por estudantes que n�o teriam direito ao benef�cio. Al�m da a��o da procuradoria, est� em andamento sindic�ncia aberta pela pr�pria institui��o de ensino ap�s reportagem do Estado de Minas publicada em 2016.

A regula��o das cotas raciais ainda � um desafio no ensino superior brasileiro. Mecanismos para tentar barrar fraudes no acesso ao ensino superior regulado pelo perfil �tnico, baseados no tipo f�sico ou em exame de DNA n�o t�m consenso entre estudiosos.

A estudante do primeiro per�odo de medicina da UFMG, Rhuanna Laurent Silva Ribeiro, falou ao Estado de Minas sobre a pol�mica na qual se viu envolvida, ap�s ser umas das alunas citadas por suspeita de burlar a pol�tica de cotas. “Eu me autodeclarei parda, pois � o que sou. Descendo de negros e �ndios. Esta � a minha etnia, o meu contexto familiar. Nunca me autodeclarei negra”, disse a jovem. (Com informa��es de Junia Oliveira e Larissa Ricci)


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