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Estado de Minas

Incid�ncia da Aids triplica entre jovens brasileiros

Minist�rio da Sa�de: avan�o da doen�a em uma d�cada � mais preocupante para a popula��o de 15 a 24 anos


23/10/2017 06:00 - atualizado 23/10/2017 09:06

Paciente faz teste rápido na rede pública da capital: maior acesso ao exame pode estar se refletindo no aumento dos diagnósticos
Paciente faz teste r�pido na rede p�blica da capital: maior acesso ao exame pode estar se refletindo no aumento dos diagn�sticos (foto: Jair Amaral/EM/DA Press)
O levantamento mais recente do Minist�rio da Sa�de mostra que a epidemia de Aids tem se concentrado, principalmente, entre popula��es vulner�veis e pacientes mais jovens. Segundo a pasta, destaca-se o aumento entre jovens de 15 a 24 anos, sendo que entre 2006 e 2015 a taxa entre aqueles de 15 a 19 anos mais que triplicou, passando de 2,4 para 6,9 casos a cada 100 mil habitantes. Entre as pessoas de 20 a 24 anos a taxa dobrou, passando de 15,9 para 33,1 casos a cada 100 mil habitantes.

De acordo com o �ltimo boletim epidemiol�gico do Minist�rio da Sa�de, foram notificados 32.113 mil pessoas vivendo com HIV e 39.113 vivendo com Aids no pa�s em 2015. Atualmente, a epidemia no Brasil est� estabilizada, com taxa de detec��o em torno de 19,1 casos a cada 100 mil habitantes, com cerca de 41,1 mil casos novos ao ano. A notifica��o compuls�ria de infec��o pelo HIV, no entanto, � recente (2014), portanto n�o � poss�vel fazer uma an�lise epidemiol�gica rigorosa dos dados de forma a definir o real comportamento da doen�a em rela��o �s tend�ncias de infec��o no Brasil.

Os n�meros que mostram a incid�ncia de HIV/Aids em Minas tamb�m revelam a preocupa��o dos �rg�os de sa�de para o controle da epidemia que assombrou o pa�s a partir do fim dos anos 1980. Dados da Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES-MG) revelam uma alta de 79% dos casos de infec��o pelo v�rus somados aos novos pacientes que desenvolveram a doen�a entre 2008 e o ano passado. O total passou de 2.563 para 4.588 casos no per�odo. Neste ano j� s�o 2.709 casos at� 18 de outubro. “A infec��o continua crescendo, dentro da taxa do padr�o brasileiro. N�o � um �ndice alarmante, como os africanos. Exceto entre homens jovens que fazem sexo com outros homens, que t�m taxas de infec��o entre 10% e 20%”, afirma o m�dico infectologista D�rio Brock Ramalho, consultor da Secretaria de Estado de Sa�de.

Sobre a resist�ncia do HIV aos antirretrovirais, o m�dico explica que esse � um quadro que deve ser visto como alerta. Mas, ressalta, ele vale para grupos espec�ficos. “Os avan�os nos medicamentos trazem situa��o um pouco mais confort�vel para quem vive com HIV em rela��o a anos atr�s. Hoje, o tratamento para a infe��o por HIV e Aids � potente, barato e dispon�vel na rede p�blica de sa�de. H� muitas drogas, de diferentes tipos. Claro que n�o � o melhor dos mundos, porque, afinal, n�o h� cura. Mas, atualmente os resultados s�o melhores e houve simplifica��o das drogas em uma ou duas p�lulas tomadas ao dia”, diz.

VULNERABILIDADE O m�dico reconhece, entretanto, que apesar de a ades�o ao tratamento ter aumentado nos �ltimos anos, ainda h� casos de neglig�ncia �s terapias que abrem portas para o surgimento da resist�ncia pelo v�rus. “Quando o paciente come�a a ser tratado, ele recebe o medicamento de primeira linha, o melhor. Mas, se n�o usa adequadamente essa droga, o v�rus pode se tornar resistente e o paciente ter� de ser tratado com outras subst�ncias, nesse caso de segunda linha, que t�m menor efic�cia e mais efeitos colaterais”, explica. Isso ocorre, segundo ele, exclusivamente pela n�o ades�o ou em casos raros de pacientes que t�m o v�rus h� muitos anos ou at� h� d�cadas e que desenvolveram micro-organismos resistentes a drogas.

A Secretaria de Sa�de da capital tamb�m destaca os avan�os do Brasil nas terapias para controle da epidemia e afirma que ao longo dos anos, a ind�stria farmac�utica vem aprimorando as drogas usadas no tratamento da infec��o pelo HIV. “Os medicamentos atualmente dispon�veis s�o mais potentes e menos suscet�veis �s muta��es do v�rus. O Brasil adota em seu arsenal terap�utico medicamentos que apresentam elevada pot�ncia e por esta raz�o os riscos de falha s�o minimizados”, informa.

 

A��o combinada na rede p�blica

 

Em rela��o � preven��o ao HIV e � Aids, o Brasil vem diversificandoas a��es dentro de um conceito de preven��o combinada, que inclui distribui��o de preservativos masculinos e femininos, gel lubrificante, a��es educativas e amplia��o de acesso a novas tecnologias, como testagem r�pida (incluindo fluido oral), profilaxia p�s-exposi��o e profilaxia pr�-exposi��o. As a��es de preven��o dirigidas a grupos que concentram maior carga de infec��o pelo HIV, como homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo etc, v�m sendo continuamente ampliadas, segundo o Minist�rio da Sa�de. A pasta afirma tamb�m realizar campanhas de preven��o ao longo do ano, que atualmente t�m se concentrado nos jovens.

 

A amea�a no microsc�pio

O V�RUS
  HIV � a sigla em ingl�s para o v�rus da imuno defici�ncia humana. Causador da Aids, ataca o sistema imunol�gico, respons�vel por defender o organismo de doen�as. As c�lulas mais atingidas s�o os linf�citos T CD4+. � alterando o DNA dessa c�lula que o HIV faz c�pias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linf�citos em busca de outros para continuar a infec��o.

TRANSMISS�O � transmitido de um indiv�duo ao outro por rela��es sexuais desprotegidas, da m�e para o filho, durante gesta��o, parto e amamenta��o e por compartilhamento de materiais perfurantes ou cortantes contaminados, como agulhas para uso de drogas injet�veis. A pessoa infectada pelo HIV pode permanecer assintom�tica por muitos anos e por esse motivo desconhecer seu diagn�stico, podendo levar de oito a 10 anos para manifestar a doen�a.

EFEITOS O v�rus � capaz de causar danos ao sistema imunol�gico quando n�o tratado, a ponto de deixar o paciente vulner�vel a outras infec��es, como pneumonias diversas, tuberculose, meningite f�ngica, entre outras. A esse estado de comprometimento imune d�-se o nome de s�ndrome da imunodefici�ncia humana adquirida, conhecida como Aids (ou Sida).

MUTA��ES GEN�TICAS O HIV � um v�rus considerado sofisticado e com elevada taxa demuta��o. Por dia, cerca de 10 bilh�es de part�culas virais s�o produzidas em cada paciente infectado. Todas essas part�culas t�m pelo menos uma muta��o emseu c�digo gen�tico. S�o essas transforma��es em caso de pessoas que n�o seguem corretamente o tratamento que t�m potencial para gerar cepas do micro-organismo resistente aos medicamentos, hoje considerados altamente eficazes.


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