
Segundo Quaresma, quatro pessoas s�o investigadas por suspeita de envolvimento no caso, tr�s delas s�o representadas por ele, sendo dois seguran�as e o coordenador deles. O defensor j� teve acesso ao laudo da necr�psia que aponta as causas da morte do rapaz, e que vai contratar uma empresa para avaliar o documento. No entanto, ele n�o quis adiantar o teor � reportagem.
O advogado Geraldo Magela, que representa a fam�lia do fisiculturista, disse ao em.com.br ter recebido informalmente not�cia da opera��o e pretente ir � delegacia respons�vel pelo caso na tarde de hoje.
A morte de Allan Guimar�es Pontello ocorreu entre 4h e 5h do dia 2 de setembro na boate, que fica na Regi�o Oeste de Belo Horizonte. A Pol�cia Militar (PM) colheu as informa��es com as testemunhas. “A vers�o dos seguran�as � de que o rapaz foi abordado com drogas e, depois, sofreu um ataque card�aco no local. Eles alegam que tentaram reanimar o jovem e n�o conseguiram”, explicou o tenente Jerry Adriano Martins de Abreu, da 126ª Companhia da Pol�cia Militar (PM), respons�vel pela �rea. Antes e passar mal o jovem teria corrido e saltado algumas grades, caindo no ch�o em seguida, ainda conforme a PM.
Um amigo de Allan disse que os dois foram ao banheiro e, depois de ser abordado por dois seguran�as, Allan foi levado para um lugar privado na boate. “Fui tentar ver onde eles estavam e os seguran�as colocaram o rev�lver no meu peito e me mandaram sumir”, afirma. Ele garantiu que foi amea�ado caso n�o deixasse o local.
Segundo o rapaz, eles fecharam uma porta de metal e n�o conseguiu ver mais nada. “Fui procurar ajuda, pedir para uma amiga falar com quem estava organizando a festa e, quando voltei, o Allan j� estava dentro da ambul�ncia e alegaram que ele tinha falecido”, diz. Castanheira ressalta que o amigo n�o fazia uso de drogas e era saud�vel, sem problemas de sa�de. “�s 3h07, ele me deu um toque no celular, mas eu n�o vi. �s 3h15, quando retornei, ele j� n�o atendeu mais”.
De acordo com a PM, a v�tima aparentava ter se envolvido em uma briga. “A blusa do Allan estava rasgada, suja, os dedos dos p�s machucados, as costas arranhadas. H� sinais de que pode ter havido uma luta corporal. Talvez ele tenha entrado em conflito com seguran�as, mas temos que aguardar a aut�psia do corpo para saber as causas da morte”, concluiu Jerry Adriano.
Com o mist�rio nas causas da morte de Allan Pontelo, familiares e amigos do fisiculturista se mobilizaram para pedir justi�a e esclarecimentos dos donos do Hangar 677. Uma p�gina foi criada no Facebook e outdors foram espalhados por bairros de Contagem.
No fim do m�s passado, o laudo do Instituto M�dico Legal (IML) n�o identificou o uso de drogas e/ou �lcool pelo jovem. Mas detectou a cetamina, que � um medicamento usado como anestesia geral em cirurgias em humanos e tamb�m em animais. O produto tamb�m tem efeito alucin�geno.
A d�vida sobre o uso indiscriminado ou n�o do jovem da subst�ncia foi levantada pela defesa dos seguran�as da boate. Em uma p�gina de uma rede social, o advogado �rcio Quaresma questionou as informa��es de que o jovem n�o tinha feito uso de drogas. Exibindo c�pia do laudo que apontou que Allan n�o usou coca�na, maconha ou ecstasy, o advogado destaca em sua p�gina que o documento t�cnico apresenta a presen�a de ketamine (cetamina) no sangue e v�sceras do rapaz.
O pai do fisiculturista Allan Pontelo, D�nio Luiz, de 47 anos, disse nesta manh� que ainda n�o foi procurado pelo delegado que acompanha o caso. O homem relatou que n�o recebeu nenhuma a��o de solidariedade dos propri�t�rios do Hangar 677 pela morte do filho, e se mostrou aliviado com a pris�o de dois suspeitos.
"Bateram nele e mataram ele na base da pancada e da covardia. Seguran�as est�pidos, uns monstros. E o que mais me revolta, � que eles (donos do Hangar) ainda n�o falaram nada com a gente. Nem sequer sentimentos e dizer que estavam acompanhando o caso o pessoal da casa deu pra gente."
A assessoria de imprensa da casa noturna informou que uma presta��o de solidariedade aos familiares e amigos do fisiculturista foi enviado por meio da imprensa logo que ocorreu o caso. � �poca, os propriet�rios do Hangar 677 manifestaram a tristeza pelo ocorrido e informaram que estavam interessados em descobrir o que, de fato, ocorreu na noite de 2 de setembro, quando Allan Pontelo foi morto.
*Sob supervis�o do editor Benny Cohen