
De acordo com a assessoria de comunica��o do F�rum Lafayette, em 11 de outubro a Justi�a expediu mandados de pris�o tempor�ria contra quatro investigados no inqu�rito que � conduzido pelo delegado Magno Machado, do Departamento de Investiga��o de Homic�dios e Prote��o � Pessoa (DHPP). Dois deles atuavam diretamente como seguran�as contratados pela CY Security, e se envolveram na abordagem ao jovem. Carlos Felipe Soares teve o mandado de pris�o cumprido, mas William da Cruz Leal n�o foi encontrado. Segundo �rcio Quaresma, ele ser� apresentado assim que a Justi�a se manifestar sobre pedido de habeas corpus. O terceiro funcion�rio da CY detido � Delmir de Ara�jo Dutra, que trabalhava como coordenador da seguran�a na noite do incidente.
Al�m de dois dos tr�s funcion�rios da empresa, foi preso Paulo Henrique Pardin de Oliveira, de 29 anos. Parentes confirmam que ele j� trabalhou como seguran�a em duas grandes empresas e que atualmente fazia bicos na �rea. Segundo a m�e de Paulo, a dona de casa Anita Pardin, de 51 anos, os policiais chegaram por volta das 6h � casa da fam�lia no Bairro Saudade, Leste de BH.
"Meu filho era um fisiculturista e trabalhava, estudava, ia se formar. N�o tinha necessidade alguma de vender drogas. Ele n�o est� mais aqui, ent�o eles podem falar o que quiserem"
D�nio Luiz Pontelo, pai do fisiculturista Allan Pontelo
A ela, o filho disse que estava a passeio no dia da festa. “Ele contou que estava l�, viu a confus�o de longe e foi pedir ajuda. Foi s� isso”, diz a m�e. Segundo ela, a policiais civis j� estiveram na casa da fam�lia anteriormente, procurando por uma arma que n�o foi encontrada. Paulo Henrique seria o homem apontado por Daniel Phillipe Gon�alves Castanheira, 24 anos, amigo de Allan, como a pessoa que bateu com o cabo de um rev�lver em seu peito. Segundo Daniel, que tamb�m estava na festa, esse homem proibiu que ele se aproximasse da sala para onde disse que os seguran�as tinham levado Allan.

VERS�ES Inicialmente, tanto a boate Hangar quanto o advogado �rcio Quaresma, que representa a CY, disseram que Allan teve um mal s�bito ap�s fugir da abordagem de seguran�as por estar portando drogas. Ontem, Quaresma admitiu que os seguran�as chegaram a imobiliz�-lo. O advogado n�o quis adiantar qual foi a causa morte descrita no laudo de necr�psia, mas afirmou que contratou uma empresa para analisar o documento e subsidi�-lo com informa��es mais detalhadas sobre as a��es de cada um dos envolvidos. Quaresma diz que a abordagem se deu quando os seguran�as perceberam que Allan estava com ecstasy, totalizando 68 comprimidos, e coca�na. “Houve uma a��o de imobiliza��o que provocou uma les�o no pesco�o. O que eu quero saber � se o quantitativo de rea��o do Allan potencializou a a��o de conter o jovem”, diz Quaresma.
O advogado da fam�lia de Allan, Geraldo Magela, disse que tamb�m teve acesso ao laudo, mas n�o quis adiantar o teor do documento, por orienta��o do delegado, segundo ele. “A conclus�o de que houve homic�dio � indiscut�vel. Houve les�es que combinam com agress�es, mas ainda vou analisar o laudo completo. A fam�lia desde o in�cio defende que ele foi v�tima de um crime de homic�dio, e essas pris�es confirmam isso”, afirma.
O pai de Allan, D�nio Luiz Pontelo, de 47 anos, espera que todos os envolvidos na morte sejam punidos. “Meu filho era um fisiculturista e trabalhava, estudava, ia se formar. N�o tinha necessidade alguma de vender drogas. Ele n�o est� mais aqui, ent�o eles podem falar o que quiserem. Infelizmente, n�o conseguirei ter meu filho de volta. Que isso sirva para que casos desse tipo n�o se repitam”, afirma. Em nota, a Pol�cia Civil informou que s� vai se manifestar sobre o caso ao fim das investiga��es.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a casa de eventos Hangar informou que n�o iria se posicionar sobre as pris�es, porque n�o tem rela��o com o fato, que se deu com funcion�rios da empresa de seguran�a. Ap�s a morte de Allan, a Hangar encerrou o contrato com a firma at� que “os fatos sejam esclarecidos”, informou a assessoria. A casa, entretanto, defendeu a CY Security. “� l�der de mercado em BH, credenciada pela Pol�cia Federal e apresentou todos os documentos relativos � capacita��o de seus seguran�as. Ela � respons�vel pela maioria dos eventos em BH.”