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Estado de Minas

Irm�s s�o confundidas com l�sbicas e denunciam preconceito em clube

D�bora Sena estava abra�ada na piscina com sua irm� e foi advertida por um funcion�rio do estabelecimento. "Aqui � um clube de fam�lia", teria dito o homem


postado em 06/11/2017 18:37 / atualizado em 06/11/2017 18:56

Débora Sena segura boletim de ocorrência feito no dia do caso(foto: Arquivo pessoal)
D�bora Sena segura boletim de ocorr�ncia feito no dia do caso (foto: Arquivo pessoal)
"Ele falou 'desagarra, desagarra', e eu n�o havia percebido que era com a gente", disse uma estudante de administra��o, de 24 anos, que denunciou um caso de lesbofobia ocorrido em um clube de Sete Lagoas, Regi�o Central de Minas Gerais. D�bora Sena contou que foi surpreendida por um funcion�rio enquanto abra�ava sua irm�, T�mara Sena, de 21, na beira da piscina.

Ao ser advertida pelo homem, D�bora, que visitava o clube apenas pela segunda vez, contou que ele possivelmente n�o a conhecia, j� que seu marido era o s�cio. "Falei que �ramos irm�s e ele duvidou, dizendo que aquele era um 'clube de fam�lia', e que n�o era permitido abra�ar, nem beijar, naquele local", explicou. Ainda sem entender, a jovem precisou chamar o marido para "provar" que n�o era l�sbica.

"Fui at� a diretoria e o funcion�rio veio dizendo que outro cotista havia pedido para chamar nossa aten��o e que aquela era uma norma do clube", disse. Ap�s o desentendimento, a jovem chamou a Pol�cia Militar para registrar o boletim de ocorr�ncia. No documento, D�bora disse que n�o sabia que ele era funcion�rio, j� que n�o usava uniforme. Por�m, ap�s apura��o, o homem, identificado por M. R. S., j� havia encerrado o expediente quando abordou as irm�s. Segundo o registro, o autor achou que elas eram namoradas e que n�o se pareciam. 

Ainda no local, segundo D�bora, o presidente do estabelecimento entrou em contato por telefone. Na liga��o, o representante reafirmou a "norma do clube". "Ele disse que abra�ar n�o era permitido no local e para eu n�o render assunto, pois corria o risco de ser expulsa", disse a jovem, que, junto ao marido, quis cancelar a cota e processar o estabelecimento.

O marido de D�bora, Deivid Corcino, de 30, contou que tamb�m foi repreendido pelo presidente. "Ele me ligou na segunda-feira, dizendo que eu era moleque e que devia agir como homem", informou o engenheiro, que ainda aguarda os comprovantes do cancelamento do servi�o.

LGBTfobia

D�bora disse que ficou "extremamente nervosa" com a situa��o. "Perguntei: e se a gente fosse namorada, qual seria o problema? N�o estava fazendo nada de errado. Da mesma forma que abra�aria meu marido, abracei minha irm�", contestou a estudante. Ela ainda completou que o homem "foi bem preconceituoso e deixou a entender que LGBTs n�o eram bem-vindos".

A ocorr�ncia, que aconteceu no fim de outubro, foi encerrada na delegacia de plant�o da Pol�cia Civil de Sete Lagoas. O em.com.br tentou entrar em contato diversas vezes com o clube pelo telefone, mas, nenhuma liga��o foi atendida. A reportagem tamb�m entrou em contato por e-mail e aguarda um posicionamento do estabelecimento que informou que responder� at� o fim da semana. As informa��es foram confirmados pelo BO.

*Estagi�rio sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie


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