(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Cantor Jo�o Bosco critica PF por uso de m�sica dele em opera��o contra UFMG

Na a��o, houve a condu��o coercitiva de professores e integrantes da c�pula da maior institui��o de ensino no estado. Investiga��o apura suposto desvio de dinheiro destinado ao projeto de constru��o do Memorial da Anistia Pol�tica do Brasil (MAP)


postado em 07/12/2017 15:20 / atualizado em 07/12/2017 19:23


O cantor Jo�o Bosco publicou na tarde desta quinta-feira, em sua p�gina no Facebook, uma nota de rep�dio contra a Opera��o da Pol�cia Federal (PF) na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em uma investiga��o sobre suposto desvio de dinheiro destinado ao projeto de constru��o do Memorial da Anistia Pol�tica do Brasil (MAP). Na a��o, houve a condu��o coercitiva de professores e integrantes da c�pula da maior institui��o de ensino no estado. O artista se diz indignado pelo fato de a a��o ter levado o nome de “Esperan�a equilibrista”, t�tulo de uma m�sica dele com Aldir Blanc.

Operação foi desencadeada para apurar denúncias de não execução e de desvio de recursos públicos que deveriam ter sido destinados à construção do memorial(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
Opera��o foi desencadeada para apurar den�ncias de n�o execu��o e de desvio de recursos p�blicos que deveriam ter sido destinados � constru��o do memorial (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
No documento postado na rede social, o cantor se mostrou, primeiramente, insatisfeito com a forma como a a��o da PF foi conduzida. “Recebi com indigna��o a not�cia de que a Pol�cia Federal conduziu coercitivamente o reitor da Universidade Federal de Minas Gerais, Jaime Ramirez, entre outros professores dessa universidade. A a��o faz parte da investiga��o da constru��o do Memorial da Anistia. Como vem se tornando regra no Brasil, al�m da coer��o desnecess�ria (ao que consta, n�o houve pedido pr�vio, cuja desobedi�ncia justificasse a medida), consta ainda que os acusados e seus advogados foram impedidos de ter acesso ao pr�prio processo, e alguns deles nem sequer sabiam se eram levados como testemunha ou suspeitos. O conjunto dessas medidas fere os princ�pios elementares do devido processo legal. � uma viol�ncia � cidadania”, afirmou.



Em seguida, Jo�o Bosco criticou a PF por usar uma m�sica composta por ele e que ficou marcada na ditadura militar. “Isso seria motivo suficiente para minha indigna��o. Mas a opera��o da PF me toca de modo mais direto, pois foi batizada de “Esperan�a equilibrista”, em alus�o � can��o que Aldir Blanc e eu fizemos em honra a todos os que lutaram contra a ditadura brasileira. Essa can��o foi e permanece sendo, na mem�ria coletiva do pa�s, um hino � liberdade e � luta pela retomada do processo democr�tico. N�o autorizo, politicamente, o uso dessa can��o por quem trai seu desejo fundamental”, completou.

Por fim, defendeu a universidade p�blica. “Fica aqui portanto tamb�m a minha defesa veemente da universidade p�blica, espa�o fundamental para a promo��o de igualdades na sociedade brasileira. � essa a esperan�a equilibrista que tem que continuar”, finalizou.

Clique na imagem para ampliar e ler o depoimento na íntegra(foto: Reprodução/Facebook)
Clique na imagem para ampliar e ler o depoimento na �ntegra (foto: Reprodu��o/Facebook)
A opera��o

A opera��o foi deflagrada com base em documentos da Controladoria-Geral da Uni�o (CGU) e do Tribunal de Contas da Uni�o. Segundo delegados da PF, ao menos R$ 4 milh�es teriam sido desviados do projeto de constru��o do Memorial da Anistia Pol�tica do Brasil (MAP), em processo que pode envolver peculato e forma��o de quadrilha. A for�a-tarefa apura den�ncias de n�o execu��o e de desvio de recursos p�blicos que deveriam ter sido destinados � constru��o do memorial, um projeto financiado pelo Minist�rio da Justi�a e executado pela UFMG.

Entre os conduzidos nessa quarta-feira est�o o reitor da UFMG, Jaime Arturo Ram�rez; a vice-reitora Sandra Goulart, eleita para o cargo m�ximo da institui��o a partir de 2018; o presidente da Funda��o de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), Alfredo Gontijo de Oliveira; a ex-vice-reitora Helo�sa Starling (2006 a 2010), coordenadora do Projeto Rep�blica da UFMG; a ex-vice reitora Rocksane Norton (2010-2014); e a soci�loga Silvana Cozer, uma das respons�veis pelo Memorial da Anistia.

A a��o gerou forte rea��o na comunidade acad�mica e entre entidades pol�ticas e movimentos sociais, al�m de protestos diante da sede da PF, no Bairro Gutierrez, Regi�o Oeste de Belo Horizonte, na pr�pria universidade e na Assembleia Legislativa de Minas.

Ação da PF gerou protestos em Belo Horizonte(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
A��o da PF gerou protestos em Belo Horizonte (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)