
Deflagrada com base em documentos da Controladoria-Geral da Uni�o (CGU) e do Tribunal de Contas da Uni�o, a a��o gerou forte rea��o na comunidade acad�mica e entre entidades pol�ticas e movimentos sociais, al�m de protestos diante da sede da PF, no Bairro Gutierrez, Regi�o Oeste de Belo Horizonte, na pr�pria universidade e na Assembleia Legislativa de Minas.
Segundo a institui��o, no �ltimo fim de semana um manifesto internacional de solidariedade criado pela historiadora Maud Chirio, da Universidade de Marne La Vall�e, estudiosa da ditadura militar brasileira, j� contava com 100 assinaturas. Entre os que endossam o documento est�o intelectuais franceses ou radicados na Fran�a.
“N�s, professores e pesquisadores de diferentes nacionalidades, condenamos firmemente o tratamento infligido aos nossos colegas da Universidade Federal de Minas Gerais. Consideramos que a instrumentaliza��o da coer��o policial e dos processos judiciais para fins de persegui��o pol�tica, ou lawfare, � incompat�vel com o estado de direito. Estes processos afetam dramaticamente a imagem do Brasil no exterior e sua identifica��o pela comunidade internacional como uma verdadeira democracia”, diz o manifesto.
Ainda de acordo com a UFMG, o manifesto assinado por intelectuais brasileiros foi traduzido para o ingl�s e est� circulando por iniciativa do grupo Acad�micos Ativistas para a Democracia no Brasil. O grupo tamb�m traduziu o manifesto franc�s. A Rede Iberoamericana de Investigadores sobre Globaliza��o e Territ�rio, baseada na Cidade do M�xico, tamb�m se manifestou sobre as opera��es da PF nas universidades brasileiras. O ex-diretor da Divis�o de Ensino Superior da Unesco em Paris, Marco Ant�nio Dias, lamentou o epis�dio e expressou solidariedade � comunidade acad�mica.
Idealizado em 2008, o projeto do Memorial visa � preserva��o e � difus�o da mem�ria pol�tica dos per�odos de repress�o – contemplados pela atua��o da Comiss�o da Anistia do Minist�rio da Justi�a. Segundo o delegado Leopoldo Lacerda, as obras come�aram em 2013 e deveriam ter sido conclu�das em 2015. “O projeto contempla dois eixos. Um deles era a reforma do ‘coleginho’ (parte da antiga Facudade de Filosofia e Ci�ncias Humanas – Fafich), a constru��o de dois pr�dios anexos e uma pra�a de conviv�ncia e de reflex�o. Outro, a pequisa de conte�do e produ��o de material que seria exposto no museu”, disse. “A vice-reitora sempre foi a coordenadora do projeto financiado pelo Minist�rio da Justi�a. A UFMG, como executora, contratou uma construtora e a Fundep para executar a pesquisa. O contrato foi v�rias vezes aditivado e prorrogado. At� hoje n�o foi finalizado e os valores sempre aumentaram”, sustentou o delegado.