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Estado de Minas

Dono de areal retira lama de rompimento da Barragem do Fund�o para enviar a mineradora

Comerciante de Governador Valadares acumula rejeitos tirados do fundo do Rio Doce em tambores para evitar que eles voltem ao rio. Um dos objetivos � protestar contra a n�o limpeza do curso d'�gua


postado em 30/03/2018 18:48 / atualizado em 30/03/2018 20:51

Proprietário do areal está armazenando rejeitos em tambores rotulados com alerta para resíduos tóxicos(foto: Edertone José da Silva/Divulgação)
Propriet�rio do areal est� armazenando rejeitos em tambores rotulados com alerta para res�duos t�xicos (foto: Edertone Jos� da Silva/Divulga��o)
O propriet�rio de um areal em Governador Valadares decidiu armazenar a lama que retira diariamente do Rio Doce para enviar, em tambores, � mineradora Vale. Segundo ele, o ato � uma forma de protesto pela n�o retirada dos res�duos de minera��o arrastados para o curso d'�gua no rompimento da Barragem do Fund�o, da Samarco, em Mariana. O desastre ocorreu em novembro de 2015 e deixou 19 mortos. 

O areal de Edertone Jos� da Silva fica no Bairro Santa Rita. “Quando voc� extrai a areia, ela � tirada limpa. Dentro (da empresa) fica uma caixa de decanta��o que separa o material. Estamos pegando esse material e tirando da caixa de decanta��o para n�o voltar mais para o rio”, explica. 

Os res�duos s�lidos est�o sendo colocados em tambores com capacidade para at� 200 quilos que s�o rotulados no local como “res�duo t�xico industrial”. “Existe uma resolu��o da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) com a classifica��o de risco para cada tipo de material. Esse tipo � classifica��o de risco 6.1 (subst�ncias t�xicas)”, diz o areeiro. Silva come�ou a acumular os rejeitos no ano passado e segundo ele, at� o momento, j� encheu 60 tambores. A empresa conta com cerca de 600. 


O propriet�rio do areal planeja acionar as autoridades para saber como os res�duos podem ser transportados de maneira segura. “Estamos encaminhando of�cios para a Supram (Superintend�ncia Central de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent�vel) e para o  Codema (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente) para ver qual caminho v�o dar para esse material. E entregar na portaria da Vale e solicitar que retornem com ele”, enfatiza. “O que acontece � o seguinte: se tem que fazer a barragem, � porque o material n�o pode ser despejado no rio. Se foi despejado e pode ficar, n�o precisa fazer barragem. Porque exigiram que fizessem uma barragem l� atr�s?”, questiona. 

O empres�rio diz se preocupar com a situa��o do Rio Doce e o que pode acontecer no futuro, tamb�m em rela��o � sa�de das pessoas, caso os res�duos n�o sejam retirados. “O que estamos fazendo � uma coisa simb�lica, quase. � muito pequeno diante do que eles t�m que fazer”, analisa Edertone Jos� da Silva.

A Funda��o Renova - criada para gerir os planos de recupera��o dos impactos causados pelo rompimento da Barragem do Fund�o - divulgou nota na noite desta sexta-feira. 

Confira na �ntegra:

As solu��es para os rejeitos foram contempladas no Plano de Manejo de Rejeito, aprovado em junho de 2017, que dividiu a regi�o impactada em 17 trechos. O plano envolve extens�o de 670 quil�metros de cursos d’�gua entre Fund�o e a foz do Rio Doce. Houve o enriquecimento da vegeta��o e renaturaliza��o do solo em parte desta extens�o. 

A previs�o de entrega do plano do trecho de Governador Valadares � maio deste ano. Todas as a��es de manejo de rejeito ao longo da bacia do Rio Doce a previs�o � de conclus�o em 2023. Dentro do plano manejo de rejeitos, haver� a proposta de remo��o dos rejeito quando essa for a alternativa que tiver o menor impacto ambiental e social. 

� importante ressaltar que fazer manejo do rejeito n�o significa necessariamente retirar o produto de onde ele est� armazenado. A solu��o ser� definida caso a caso. A decis�o final para cada trecho tem como princ�pio as solu��es com menor impacto ao meio ambiente e � sociedade em sua implanta��o. Composto por ferro, mangan�s e alum�nio, o res�duo � resultado da lavagem de rochas do pr�prio solo. 

Todas as an�lises de solo, rejeito e sedimentos, mostram que os resultados da concentra��o de metais ficam abaixo dos valores estabelecidos pela legisla��o de �reas contaminadas. O sedimento foi caracterizado pela norma de res�duos como n�o perigoso em todas as amostras. 


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