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Estado de Minas MONTANHAS DE HIST�RIAS

Hidrel�trica da d�cada de 1920 continua gerando energia no Rio Para�na

Quatro quedas d'�gua ao longo de 200 metros marcam a paisagem do Rio Para�na, manancial na Serra do Espinha�o que alimenta usina hidrel�trica que garantiu crescimento industrial


postado em 27/08/2018 06:00 / atualizado em 06/09/2018 10:47

Ver galeria . 10 Fotos Usina Hulha Branca, construída em 1927 no Rio Paraúna, no município de Gouveia Juarez Rodrigues/EM/D.A. Press
Usina Hulha Branca, constru�da em 1927 no Rio Para�na, no munic�pio de Gouveia (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A. Press )

Gouveia – Do alto de um pared�o rochoso de 50 metros de altura, a �gua se precipita por quatro quedas principais ao longo de 200 metros at� encontrar um po�o largo, de bordas arenosas brancas entre mata fechada. Um espet�culo de espuma, saltos e espirros que roubava o f�lego daqueles que chegavam � beira do Rio Para�na, em Gouveia, na Regi�o Central de Minas Gerais, para conhecer as suas cataratas. Esse lugar de paisagismo natural belo como poucos na Serra do Espinha�o, no entanto, h� muito n�o pode ser visto em todo seu esplendor, pois entre 1923 e 1927 come�ou a operar ali uma das mais importantes usinas hidrel�tricas de Minas Gerais para a �poca, respons�vel por manter f�bricas e luzes acesas em Corinto, Curvelo, Diamantina e Gouveia. De t�o importante, ficou conhecida como Hulha Branca (hoje, Usina de Para�na), numa refer�ncia �s propriedades energ�ticas do carv�o (hulha).

A gera��o de energia entre essas forma��es rochosas que caracterizam Minas Gerais se aproveita das cristalinas �guas que vertem das serras alterosas. Longe da vis�o das estradas e caminhos corriqueiros entre Curvelo, Diamantina e Gouveia, as Cataratas do Rio Para�na s�o um tesouro que nem sequer � admirado atualmente por muitos funcion�rios, j� que a opera��o da usina – que tem capacidade instalada de 4,28 megawatts – se tornou automatizada pela Cemig, empresa fornecedora de energia el�trica que a controla desde 1976.

� preciso descer uma estrada de terra tortuosa na dire��o do fundo do vale para s� ent�o, depois de algumas curvas, dois quil�metros depois do fim do asfalto, ver aparecer ao longe as cataratas, rompendo a paisagem verde das matas montanhosas, logo abaixo das rochas altas e escuras da Serra do Cip�. Esse grande rio se forma justamente nas quedas que v�m da serra, com a uni�o de v�rios corpos de �gua pur�ssima, considerada de classe 1 (podem ser utilizadas para consumo humano com tratamento simples), como o Ribeir�o Congonhas e os c�rregos do Cervo e do Tanque. Um manancial vigoroso e limpo antes mesmo de receber as �guas de classe especial (o tipo mais puro de �gua existente) do Rio Cip�.

As Cataratas do Rio Paraúna, tesouro natural que desde a década de 1920 está atrelado à geração de energia elétrica em Gouveia, na Região Central (foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press )
As Cataratas do Rio Para�na, tesouro natural que desde a d�cada de 1920 est� atrelado � gera��o de energia el�trica em Gouveia, na Regi�o Central (foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press )


Ao entrar nas instala��es, a sensa��o que se tem � de que o local � uma cidade-fantasma. V�rias casas e im�veis usados como escrit�rios est�o abandonados. Apesar das desbotadas placas de alerta, nada impede o acesso at� a barragem da represa sobre as cataratas do Rio Para�na, que � �rea de seguran�a nacional, segundo lei.

Do alto, a queda das �guas que v�m das comportas abertas depois de percorrer um extenso plat� rochoso � um espet�culo natural. Abaixo, o rio se alarga depois da queda de 50 metros de altura e vai serpenteando a mata do vale em sua viagem de 40 quil�metros at� desaguar no Rio das Velhas. Mas n�o sem mais interfer�ncias humanas. Menos de um quil�metro depois das cataratas, o Rio Para�na come�a a ser devassado por dragas de areeiros e garimpeiros de ouro e diamantes aluvion�rios.

 
(A LOJA ROTA PERDIDA/ROTA EXTREMA - www.rotaperdida.com.br - forneceu parte dos equipamentos usados nas expedi��es) 


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