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Estado de Minas

Atingidos na trag�dia de Mariana realizam marcha de Mariana a Vit�ria

Segundo o Movimento dos Atingidos por Barragens, milhares de atingidos realizam a manifesta��es ao longo dos 650 km atingidos pela lama de rejeitos


postado em 05/11/2018 18:52 / atualizado em 05/11/2018 20:18

Movimento dos Atingidos por Barragens/ divulgação (foto: Encontro das Mulheres Atingidas por Barragens, que ocorreu nesta segunda-feira )
Movimento dos Atingidos por Barragens/ divulga��o (foto: Encontro das Mulheres Atingidas por Barragens, que ocorreu nesta segunda-feira )
"� um absurdo que tr�s anos depois a gente ainda precise estar lutando, mas n�s estamos em lutas e vamos continuar em lutas. Vamos resistir." No dia em que se completam tr�s anos do maior desastre socioambiental do Brasil, Simone Silva, de 41 anos, integrante da Comiss�o dos Atingidos de Barra Longa, pede pela puni��o dos respons�veis. Em 5 de novembro de 2015, a Barragem de Fund�o – da mineradora Samarco, controlada pela Vale e pela BHP Billiton – se rompeu e matou 19 pessoas. 

"O crime continua acontecendo todos os dias. Ningu�m perguntou se a gente aceitava a lama, se a gente aceitava nossa vida ser virada de cabe�a pra baixo. Recebemos um tsunami e as ondas continuam nos atingindo E os assassinos est�o soltos", afirmou Simone, que pede por respostas.

Com o objetivo de denunciar os tr�s anos e fortalecer a luta nas regi�es, os atingidos pelo crime realizam a marcha Lama no Rio Doce: 3 Anos de Injusti�a, que ocorre entre os dias 4 e 14 de novembro. A marcha teve in�cio ontem, com um encontro de mulheres que debateram "as consequ�ncias do crime na vida das mulheres e crian�as na Bacia do Rio Doce". A atividade foi promovida pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

"As mulheres e as crian�as s�o as que mais sofrem, pois a Samarco reconhece o marido como chefe da casa e exclui a mulher. Somos mais de 300 mulheres, e algumas delas tinham renda independente do marido, mas somente o homem recebe ajuda. Isso tamb�m tem causado muita separa��o, pois quando alguns homens recebem o dinheiro, eles somem. T�m mulheres passando fome dentro de casa", disse a atingida.

Nesta segunda-feira, ocorreu um ato na pra�a da cidade e, em seguida, e uma celebra��o ecum�nica pelas mortes causadas pelo rompimento da barragem.

De l�, os atingidos seguem para iniciar o mesmo trajeto feito pela lama – at� Vit�ria no Esp�rito Santo. A marcha realiza a��es em dez munic�pios do trecho at� o mar, com feiras de sa�de, atos culturais, caminhadas, celebra��es religiosas e assembleias.

 

Em nota, a Funda��o Renova informou que "pauta seu trabalho pelo respeito aos direitos humanos de todas as pessoas com as quais se relaciona, sem tolerar qualquer tipo de discrimina��o por origem, ra�a, cor, g�nero, idade, orienta��o sexual, religi�o ou opini�o pol�tica, entre outros, em seus programas, projetos e a��es, incluindo as indeniza��es". A organiza��o ainda ressaltou que "pretende refletir sobre uma pol�tica afirmativa de g�nero a fim de mitigar essa desigualdade estrutural".

 

A Renova tamb�m destacou que, com as mudan�as aprovadas no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) Governan�a, haver� maior participa��o dos atingidos nas decis�es da organiza��o, assim como nas medidas em prol da repara��o de danos.  


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