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Estado de Minas

Grafites ocupam paredes de quartel do Corpo de Bombeiros em BH

Arte homenageia os 25 anos de ingresso das mulheres na carreira militar em Minas Gerais


postado em 27/11/2018 12:04 / atualizado em 28/11/2018 08:01

(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)


A arte urbana do grafite ocupa mais um espa�o inusitado de Belo Horizonte, os muros do quartel do 1º Batalh�o do Corpo de Bombeiros Militares de Minas Gerais, no bairro Funcion�rios. O coletivo Minas de Minas recebeu o convite dos Tenentes Pedro Aihara e F�bio Gomes para homenagear as primeiras mulheres que h� 25 anos ingressavam na carreira de salvadores de vidas e est�o mudando a frieza das paredes com cores e desenhos que retratam a trajet�ria dessas hero�nas.

S�o ao todo 40 metros de extens�o por quatro de altura no muro externo da rua Maranh�o. Ser�o tr�s dias de trabalho, onde a figura central � a logo FEM, que identifica a presen�a feminina nos quart�is. Ser�o gastos 50 litros de l�tex e 30 frascos de spray. O coletivo Minas de Minas existe h� onze anos e tornou-se mais vis�vel com as interven��es art�sticas em homenagem a mulheres que de alguma forma se destacaram efetiva e afetivamente, segundo Louise L�bero, 31 anos. A capital conta com trabalhos expressivos do grupo como, entre outros, a figura da “imortal” Elza Soares, na Pra�a da Esta��o, da atriz do grupo Galp�o, Teuda Barra, na rua dos Guaicurus, Tha�s Ara�jo, na Rua Esp�rito Santo.

As garotas Louise L�bero, Krol Jaued, Niva Viber e Musa tamb�m j� deixaram suas impress�es em muros de cidades em Sergipe, Bahia, Paran� e S�o Paulo. Krol Jaued disse que o grupo recebeu com “alegria” o convite “inusitado, j� que pela primeira vez a �rea militar abre as portas para a arte do grafite, e ainda mais importante para homenagear essas personagens t�o recentes na centen�ria hist�ria dos bombeiros militares”.

A ideia dos tenentes Pedro Aihara e F�bio Gomes, de grafitar os muros do batalh�o, foi sugerida � assessoria de comunica��o que a abra�ou. “Nosso prop�sito foi materializar uma homenagem que valorizasse e eternizasse a presen�a da figura feminina na corpora��o”, contou o tenente F�vio. Ele disse que a escolha de um coletivo feminino de grafite foi proposital. “Nada como o olhar feminino para expressar os avan�os das mulheres no mercado de trabalho e em todas as frentes”.

O ingresso de mulheres nas fileiras da Corpora��o se efetivou com a lei nº 11.099, em 18 de maio de 1993, que previa a possibilidade de emprego de mulheres nas atividades do Corpo de Bombeiros, fato in�dito em Minas. Oitenta mulheres ingressaram no Curso de Forma��o de Soldados. Para acompanhar o aprendizado das rec�m-chegadas foram destacadas uma Tenente e uma Capit� da Pol�cia Militar. Os dois pelot�es femininos tiveram seu curso nas depend�ncias do 1º Batalh�o de Bombeiros Militar (1ºBBM).

Elas foram submetidas a mesma grade curricular dos homens: nata��o, salvamento aqu�tico, mergulho, salvamento terrestre, salvamento em altura, ordem unida, educa��o f�sica, combate a inc�ndio, entre outros. Fizeram tamb�m as atividades de campo nos moldes realizados por seus colegas com acampamentos e jornadas militares. “Passaram pelas mais exigentes provas, testes de for�a, resist�ncia, de t�cnica, levando-as constantemente a exaust�o”, segundo o tenente.

Assim, ap�s nove meses de prepara��o, 67 bombeiras somavam-se aos quadros de soldados da Corpora��o. Integrante da primeira turma em Minas a sargento Rosilene Jaques conta que foi um desafio estar num mundo at� ent�o somente masculino. “N�o havia preparo para nos receber e nem sab�amos o que ir�amos encontrar. N�o havia instala��es adequadas”.

(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)


O primeiro passo das mulheres bombeiras foi demonstrar que estavam ali para somar, e n�o competir com os homens. “Houve muita discrimina��o e para provar que �ramos capazes t�nhamos que ser sempre melhores que todos. Aos poucos fomos vencendo as barreiras”. Rosilene garante que quem chega hoje encontra outro ambiente. “N�o tenho d�vida de que fiz a melhor escolha. Quem ingressar hoje ver� que � uma profiss�o linda, a abnega��o se torna um projeto de vida da gente que vale muito a pena, viver em fun��o da institui��o me deixa honrada”

O Corpo de Bombeiros conta com 551 mulheres atuando em todo o estado, 82 oficiais e 69 pra�as, em todas as frentes como operacional, sa�de, administrativo, m�sica. O efetivo da corpora��o � de 5.975 militares. Anualmente, os militares do Corpo de Bombeiros s�o submetidos a uma semana de intensos treinos que os capacitam a atuar nos diversos tipos de ocorr�ncias di�rias. � o Treino Profissional B�sico (TPB) que visa a atualiza��o e aperfei�oamento do bombeiro militar, tendo em vista o cumprimento de suas miss�es constitucionais.

� composto pelo Teste de Avalia��o F�sica (TAF), Avalia��o T�cnico-Profissional (ATP) e o Tiro Pr�tico. Todo este aparato � importante para que os militares se mantenham em condi��es de atuar em qualquer situa��o, ainda que estejam empenhados em fun��es administrativas em suas rotinas di�rias. Al�m disso, o treinamento assegura o vigor f�sico, a destreza da tropa e a correta execu��o das t�cnicas e emprego dos equipamentos, bem como atualiza e padroniza procedimentos.

Contra a vulnerabilidade


“Se essa rua fosse minha, eu mandava grafitar...” Mais um novo projeto com o intuito de cobrir o horizonte urbano com cores e transformar a paisagem da capital mineira em uma galeria de arte a c�u aberto. Mas, desta vez, na periferia e principalmente, em locais de maior vulnerabilidade social. A primeira edi��o ocorreu no domingo, envolveu cerca de 80 artistas e contou com uma oficina aberta ao p�blico, na Vila S�o Rafael, tamb�m conhecida como Gog� da Ema, na Regi�o Leste de Belo Horizonte. A proposta � levar a arte do grafite como ferramenta para levantar quest�es a respeito da pr�pria comunidade. “� importante discutir o seu pertencimento, o uso do espa�o p�blico e, tamb�m, a est�tica do aglomerado”, explicou o coordenador art�stico do projeto e grafiteiro, Rafael Silveira. O mutir�o deu cor a uma �rea de cerca de 1.200m². Os grafiteiros foram selecionados pela internet e ganharam almo�o, lanche da tarde e �gua, al�m de um kit com sprays, tinta l�tex, pigmentos e acess�rios de pintura. “� uma forma de fortalecer o artista local”, acrescentou.


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