Ao menos 20, dos 50 m�dicos que atendem na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e nos postos de sa�de da cidade, participam da paralisa��o nesta quarta-feira.A �ltima interrup��o foi no �ltimo dia 16.
De acordo com o Sindicato dos M�dicos de Minas Gerais (Sinmed-MG), os servi�os est�o suspensos desde as 7h e s� voltar�o �s 7h desta quinta-feira. No entanto, a categoria se comprometeu a manter, integralmente, os atendimentos das urg�ncias e emerg�ncias, conforme previsto em lei.
Embora os m�dicos municipais n�o estejam trabalhando, ao menos 30 do programa Mais M�dicos, ligado ao governo federal, est�o exercendo suas atividades. Como recebem da Uni�o, onde a situa��o financeira � melhor do que a dos estados e munic�pios, eles n�o est�o com os sal�rios atrasados.
O Sindmed-MG reivindica o pagamento da segunda parcela do vencimento de novembro, o integral de dezembro e o 13º sal�rio. O sindicato ainda pede mais transpar�ncia nas a��es dos gestores municipais em rela��o �s medidas de conten��o de despesas com a sa�de.
De acordo com a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�sticas, em 2018, Sete Lagoas abrigava ao menos 297.286 pessoas. Segundo a Prefeitura de Sete Lagoas, cerca de 650 mil pessoas, de outros 34 munic�pios da regi�o, tamb�m dependem dos servidores da sa�de de Sete Lagoas, uma vez que a cidade � polo da regi�o.
Negocia��es
Na �ltima sexta-feira, a categoria se reuniu com o prefeito da cidade, Leone Maciel Fonseca (MDB), e com os secret�rios de Sa�de, Magno Oliveira, e Fazenda, C�ssio Marc�lio, para negociar com a administra��o municipal o pagamento dos vencimentos atrasados. Participaram tamb�m da reuni�o o controlador do munic�pio, Ayr� Azevedo Pena e o promotor de Justi�a, Paulo C�sar Ferreira.
No entanto, as partes n�o entraram em acordo, uma vez que a prefeitura informaram que, devido � situa��o financeira do munic�pio, n�o seria poss�vel neste momento nem estabelecer um cronograma para o pagamento dos sal�rios.
A administra��o municipal garantiu que, enquanto n�o recebe os repasses do governo estadual, aguarda a aprova��o do legislativo para a venda de im�veis da Prefeitura como fonte de renda. Al�m disso, o munic�pio j� teria acionado judicialmente o Estado pelo n�o repasse de verbas.
De acordo com a Prefeitura de Sete Lagoas, a d�vida de Minas Gerais com o munic�pio de � em torno de R$123 milh�es, sendo que R$ 80 milh�es seriam recursos destinados � sa�de. Os repasses estariam sendo contidos desde setembro de 2017.
No dia 24 de janeiro, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), garantiu que o Estado repassaria as verbas aos munic�pios em at� 10 dias. Assim, a quantia deve ser depositada no final desta semana ou no in�cio da pr�xima.
“Antes de mais nada quero estar passando para voc�s que, no mais tardar em 10 dias, os repasses para os munic�pios passar�o a ser feitos pontualmente”, afirmou o governador
Pol�tica
No final de novembro de 2018, o prefeito de Sete Lagoas, Leone Maciel Fonseca (MDB), decretou calamidade financeira e, desde ent�o, o munic�pio vem destinando seus recursos apenas a gastos obrigat�rios. No entanto, garantiu que novos repasses aos m�dicos da cidade ser�o feitos nos pr�ximos dias.
No dia 19 de dezembro do ano passado, Leone Maciel e seu vice, Du�lo de Castro (PMN), tiveram seus mandatos cassados pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE/MG). A cassa��o foi motivada por a��o que acusa os dois de abuso do poder econ�mico nas elei��es de 2016.
*Estagi�rio sob supervis�o do editor Benny Cohen